Para eliminar o Grêmio, Atlético-PR terá de realizar uma façanha inédita na história da Copa do Brasil

Nas oitavas de final de 1998, Vitória fez 5 a 0 no Flamengo em Salvador e passou levando 5 a 2 no Rio

Só um milagre de proporções ainda não vistas tira a vaga do Grêmio na semifinal da Copa do Brasil. Pode acontecer, claro, mas a improbabilidade é imensa. Em 34 oportunidades na história do torneio, um dos lados venceu o jogo de ida por diferença superior a três gols; em nenhuma dessas ocasiões esta equipe foi eliminada - e em raríssimos casos esteve perto disso, inclusive. E mais: nunca em sua história o Tricolor Gaúcho perdeu um mata-mata após ter vencido o primeiro jogo por mais de um gol de diferença. Em nenhum torneio, de nenhum ano.

Mas não é apenas em termos históricos: o momento e os discursos também deixam clara a improbabilidade da reversão. Em absoluta crise, o Atlético-PR não vence há oito jogos. À beira da zona de rebaixamento, o time do técnico Fabiano Soares sabe que a prioridade no momento é sair da situação difícil no Campeonato Brasileiro, bem mais que tentar bater os gaúchos por cinco gols de diferença. O discurso é claro: ninguém jogou a toalha, lógico, mas o importante hoje é vencer pelo placar que for, para espantar a crise. Classificação é artigo de luxo.

O Grêmio, por sua vez, além do ótimo momento, parece lidar muito bem com a situação confortável que conquistou após a goleada de um mês atrás. Leva oito titulares a Curitiba (à exceção de Edílson, Geromel e Barrios), promete segurar a pressão inicial e fala em clima de decisão, não dando como garantida a classificação. A capacidade de concentração e a impetuosidade fora da Arena têm sido dois dos maiores predicados da equipe de Renato Portaluppi desde o ano passado. O twitter do meia Douglas deixa isso bem claro.

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