Do banco, o Vasco achou as soluções para uma virada empolgante contra o Fluminense

Diz-se que para ir bem no Campeonato Brasileiro é preciso ter bem mais que 11 titulares: quem tem bons reservas é que pode pleitear algo grande, afinal, um bom banco garante não apenas substituições à altura em caso de lesões e suspensões, mas também oferece soluções em jogos complicados. O Vasco certamente não está entre os times que dispõem de grandes opções. Até mesmo o time titular é bastante contestado. Mas ontem, no clássico contra o Fluminense, foi usando as soluções da casamata que o técnico Milton Mendes chegou a uma excelente vitória.

A tarde já começou quente: a rua de acesso do Flu ao estádio estava repleta de provocações alusivas à participação do clube na Série C de 1999, com direito a drone e tudo. Já o Vasco viu seu ônibus quebrar e tomar uma solução inusitada para os atletas chegarem à cancha: pagar táxi para o elenco todo. Bizarro.

Os 20 mil torcedores que foram a São Januário viram um jogaço. Se não um primor técnico, ao menos muito disputado e emocionante. Os minutos iniciais foram muito estudados. Isso indicava uma vitória tática vascaína, já que o Flu gosta de partidas abertas. Mais consistente, o time da casa abriu o placar com Luís Fabiano e manteve-se concentrado por toda etapa inicial, dando poucas chances à equipe de Abel Braga.

O Tricolor veio mais propositivo para o segundo tempo, e chegou ao empate num pênalti de Jean, então um dos destaques do jogo, por bater com o braço na bola. A virada veio sete minutos depois, aos 20, em outro pênalti, desta vez do lateral Gilberto - que também errou no começo do lance que originou o empate. A virada do Flu calou São Januário. Mas Milton Mendes mexeu bem: colocou Nenê e Manga Escobar, ambos logo após a cada gol sofrido. A equipe ganhava em qualidade técnica e arremate, mas perdia em velocidade sem Yago Pikachu e Kelvin.

As mexidas funcionaram muito bem - principalmente a do equatoriano, que fez o gol de empate em jogada pessoal. E Escobar fez também a jogada do gol da segunda virada da tarde - de Nenê, o outro que saiu do banco para decidir a partida, aos 47 minutos. O jogo estava mesmo totalmente aberto no 2 a 2. Ganhou quem dividiu mais, quem quis mais. O Vasco jogou por um prato de comida em seus dois jogos em casa até aqui. E só assim mesmo é que ele superará suas limitações e passará longe do rebaixamento, maior temor para quem cai e sobe de divisão de forma ininterrupta desde 2013.

Vitória para dar fôlego a Rogério Ceni
Ameaçado no cargo após a vexatória eliminação para o Defensa y Justicia na Copa Sul-Americana, Rogério Ceni ganhou fôlego no cargo nesta última semana. Depois de bater o Avaí por 2 a 0 na segunda-feira, o São Paulo repetiu o placar de maneira bem mais convincente no clássico de ontem, contra o Palmeiras. Diante de quase 34 mil torcedores, o Tricolor foi mais eficiente que o rival e mereceu o resultado. O Alviverde perde a segunda seguida com Cuca, e não arranca bem no Brasileirão. Segue com os mesmos resultados e atuações irregulares dos tempos de Eduardo Baptista.

Uma tarde preocupante em Belém
A falta de apetite, de qualidade, de poder de reação... Tudo foi preocupante na atuação do Internacional neste sábado. Controlado em quase todo o jogo, o Colorado postou-se como time pequeno, não assumiu a responsabilidade de propor ações (os meias fizeram falta) e foi submetido ao melhor futebol do Paysandu, que mereceu a vitória e assumiu a liderança da Série B. Com 4 pontos em nove disputados, o aproveitamento neste início de campanha é abaixo do esperado e do necessário. A 10ª colocação, mesmo na 3ª rodada, é inaceitável.

Arsenal, o maior campeão da Copa da Inglaterra
O torneio mais antigo do futebol mundial parou nas mãos de quem mais o conquistou: com a vitória de 2 a 1 sobre o Chelsea em Wembley, o Arsenal papou a Copa da Inglaterra pela 13ª vez na história, superando o Manchester United na contagem de títulos. A vitória começou com um gol polêmico de Alexis Sánchez, mas foi merecida. Será que Arsene Wenger permanece no clube?

Foto: Carlos Gergório Jr./Vasco.

Comentários

CHICO disse…
Sem mala preta fica difícil.

Luan tem mais pontos na carteira que o binter na 2 divisão

E o melhor foi ver o papão jogando de tricolor