Um massacre nos conspiracionistas

Vargas, Puch e Sánchez, destaques do 7 a 0 sobre o México
Teorias da conspiração estão aí para serem ridicularizadas. Foi o caso dos que diziam que a Copa América Centenário estava armada para que o México fosse o campeão. A enorme colônia asteca nos Estados Unidos, o fato de que os mexicanos nunca foram campeões do torneio quando disputado na América do Sul e a polêmica arbitragem na partida de estreia, contra o Uruguai, levantaram esta suspeita. O Chile, porém, riu de tudo isso.

Fazia tempo que o atual campeão continental não jogava tanta bola. Nem na Copa América do ano passado, jogada em casa, o time de Vidal, Sánchez e Vargas jogou futebol de tão alto nível. Em um estádio repleto de torcedores rivais na Califórnia, superou a Alemanha diante do Brasil na Copa de 2014: enfiou 7 a 0 e, como diz o bordão por aqui, foi pouco. Um resultado inacreditável, naquele que tinha tudo para o ser confronto mais equilibrado, parelho e empolgante das quartas de final. Vargas, o melhor da noite, fez quatro, e já é o artilheiro do torneio, como em 2015, com 6 gols. Mas Puch, com dois gols, Sánchez, com um gol e duas assistências, e Vidal, com duas assistências também merecem destaque pela jornada histórica - a maior goleada da história chilena e a maior já sofrida pelos mexicanos.

O enorme placar credencia o Chile ao bicampeonato, como se o título do ano passado já não fosse o suficiente. A saída de Jorge Sampaoli não foi empecilho para que a equipe exibisse o futebol intenso e de altíssima qualidade técnica com Juan Antonio Pizzi. A Colômbia, que começou bem e vem tendo desempenho decadente nos últimos jogos, terá trabalho, mas, por outro lado, entrará sem o peso do favoritismo pela primeira vez nesta competição.

O outro confronto será igualmente empolgante. A Argentina, maior favorita ao título, enfrentará os anfitriões Estados Unidos, num confronto que lembra bastante, pela situação, o Brasil x EUA da Copa de 1994. Ontem, o time albiceleste enfiou 4 a 0 com facilidade na Venezuela. A Copa América Centenário, enfim, começa a chamar a atenção de quem a assiste.

A Bélgica acordou
Depois de estrear mal e perder para a Itália, a cabeça de chave deu o ar da graça na Eurocopa. Fez 3 a 0 na Irlanda, naquela que foi a segunda goleada da competição. Lukaku, com dois gols, foi o destaque. Na última rodada, o confronto com a Suécia é decisivo, e provavelmente só um deles sobreviverá. Se perderem, os belgas dificilmente chegarão às oitavas com apenas 3 pontinhos.

Cristiano segue no zero
Depois do decepcionante empate com a Islândia, Portugal segue sem vencer na Euro. Diante da Áustria, o empate em 0 a 0 só ocorreu porque Cristiano Ronaldo perdeu um pênalti. A liderança do Grupo F é da Hungria, que perdia para a Islândia até o finzinho, mas chegou ao empate na base da insistência.

Manter a intensidade é o desafio colorado
O estilo intenso e de extrema entrega do Internacional diante do Atlético Mineiro encantou seus torcedores. Já não é verdade que o time de Argel largou bem no Brasileiro só por causa de uma tabela favorável: a equipe já bateu Galo, Santos e São Paulo, por exemplo. O desafio, agora, é manter essa corda esticada, pois é neste estilo que a equipe rubra vem superando suas dificuldades técnicas e realizando a campanha enorme deste início de campeonato. O Figueirense de Rafael Moura, no Orlando Scarpelli, é o desafio de hoje à tarde.

Favorito como poucas vezes
O Cruzeiro costuma ser um rival indigesto para o Grêmio, mas hoje à noite é inegável: o time gaúcho é o grande favorito da partida. Contra uma Raposa que habita a zona de rebaixamento e vem penando desde o mata-mata de seu estadual, o Tricolor é obrigado a vencer para compensar os pontos perdidos longe da Arena, diante de Fluminense e Chapecoense. Por mais que seja início de campeonato, perder o contato com os líderes nunca é bom. Vale lembrar que o Palmeiras ganhou de novo - embora a derrota do Santos em Curitiba tenha sido valiosa para as pretensões do time de Roger Machado.

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