Com Messi voando, a Argentina nunca esteve tão pronta para voltar aos títulos

Messi cobra falta no ângulo, o segundo dos quatro gols argentinos
Se pelo Barcelona o começo de ano de Lionel Messi foi um pouco abaixo das expectativas (embora espetacular, como sempre), na seleção argentina ele vem fazendo a diferença. Ontem, diante dos Estados Unidos, foi o auge: o craque fez um golaço de falta, deu duas assistências e comandou em todos os sentidos a albiceleste na goleada por 4 a 0 sobre os anfitriões Estados Unidos, em Houston.

O placar, a atuação de Messi e da seleção de Tata Martino não deixam dúvidas: nunca, nas últimas duas décadas, a equipe esteve tão pronta para ser campeã novamente com sua seleção principal. 2004? Sim, o Brasil estava com time reserva na Copa América do Peru, mas ainda assim era uma equipe fortíssima, e a seleção argentina ainda estava em formação, por mais qualificada que fosse - tanto que perdeu nos pênaltis. 2007? Também, e o fato de o Brasil estar em formação a tornava favorita - mas veio outra decepção.

Agora, a situação é outra. O Chile enfiou 7 a 0 no México? Sim, e ser o atual campeão continental lhe dá outro status na briga. A Colômbia, se eliminar os chilenos, adquire mais corpo? Certamente. Mas a Argentina tem uma das gerações mais talentosas de sua história, vive um momento ascendente como equipe nas mãos de Martino e, além disso, conta com vários jogadores de nível mundial em ótima fase, como Lavezzi, Mascherano, Higuaín e Augusto Fernández. E, Messi, claro.

Ontem, o golaço de falta o tornou o maior artilheiro da história da seleção argentina, superando Gabriel Batistuta. Já Higuaín, ao fechar a goleada, ficou a dois de igualar simplesmente Diego Armando Maradona. É a Argentina 2016 fazendo história, quebrando recordes e, mais do que nunca, pronta para voltar a ser campeã. Porque a Copa América de 1993 faz um bocado de tempo - embora a gente sempre tenha vontade de esganar Marco Antônio Boaideiro quando lembramos daquela decisão por pênaltis em Guayaquil.

Vacilo que custará caro
Nem com um pênalti mal marcado a Espanha bateu a Croácia, embora ela nem precisasse disso para ser líder do Grupo D da Euro. Mas foi pior: ao perder por 2 a 1 de virada e no finzinho, a Fúria deixa os croatas assumirem a ponta da chave e, mais grave ainda, terá como adversária nas oitavas a Itália, líder já confirmada de seu grupo. É a final da última edição do torneio se repetindo de cara, nas oitavas. O jogaço será segunda-feira, às 13h (horário de Brasília), no Stade de France.

Liderança sem forçar
O Palmeiras precisou de apenas 26 minutos para fazer 2 a 0 no América-MG, manter a liderança do Campeonato Brasileiro e jogar pressão para cima dos concorrentes, especialmente os dois gaúchos, que o perseguem de forma mais firme. Gabriel Jesus, autor dos gols, já é o vice-artilheiro do certame, com seis gols, só atrás de Grafite e Bruno Rangel. Hoje, o maior destaque é o confronto entre o campeão e o vice de 2015: Atlético Mineiro x Corinthians, às 21h45, na Arena Independência.

Vasco dispara
O Vasco vinha de duas derrotas em três jogos, mas se recuperou ontem na Série B. Fez 1 a 0 no Londrina e disparou na ponta, com 25 pontos, contra 21 do Atlético Goianiense. O CRB, primeiro fora do G-4, tem 19, seis pontos a menos. Em Caxias do Sul, o Brasil ficou no 0 a 0 com o Náutico e manteve a 10ª colocação, com 16.

Foto: AFA.

Comentários

Lique disse…
saudades do edmundo, jogava muito. nenhum medo de partir pra cima. mas saudades, muitas saudades, daquela bola da penalty. não consigo ver nesse vídeo se é a bola do jogo, mas eu pagaria um bom dinheiro por uma penalty nova daquela época.
Anônimo disse…
Eu curtia essa bola da Penalty. Tive duas, uma atrás da outra.

Sobre o post: se Higuaín e Palacio fossem finalizadores decentes, a Argentina certamente não estaria nessa seca.
Franke disse…
Eventual título nessa Copa América pode dar a dose de confiança que talvez esteja faltando para uma Copa do Mundo. RUS18 é logo aí.