Quem é quem no Brasileirão 2016 - Parte 5


SANTOS (7,5 - 4º)
Elenco: é um bom grupo de jogadores, que alia jovens promessas a atletas com mais peso e rodagem. No entanto, sofrerá bastante sem Lucas Lima, Gabriel e Ricardo Oliveira, suas três principais peças ofensivas, nas primeiras nove rodadas, devido à Copa América. 7

Ataque: foi o fiador da ótima campanha de recuperação em 2015, com o criativo Lucas Lima buscando sempre o oportunismo de Gabriel e Ricardo Oliveira, artilheiro do último Brasileirão. Mas, com a perda dos três nos primeiros 25% do campeonato, deve sofrer. 8

Defesa: antigo problema santista, acabou relativamente resolvido a partir da chegada de Dorival Júnior - curiosamente, um treinador de filosofia mais ofensiva. 7

Técnico: Dorival Júnior é um treinador competente e que conhece bem o clube. Faz bom trabalho e tem tudo para seguir assim. 8

Tradição: bicampeão brasileiro no começo deste século, o Peixe ainda obteve quatro vices. Se ampliarmos as conquistas para a Taça Brasil, se torna um dos maiores campeões de títulos nacionais. 8

Últimos Brasileiros: entre 2002 e 2007, se classificou à Libertadores cinco vezes em seis anos. De 2008 para cá, nunca mais chegou no G-4, acumulando uma série de campanhas médias. 6

Início de ano: mais uma vez, muito bom, com a sétima conquista estadual em 11 anos. O desafio é manter o nível para o segundo semestre, o que há algum tempo não ocorre. 8

Momento do clube: depois de enfrentar uma situação financeira complicada, o Santos começa a se reestruturar a partir de sua ótima base, e já começa a colher frutos. 7

Fator local: o alçapão da Vila Belmiro sempre foi um território complicado para os adversários. Ainda assim, a média de público muitas vezes deixa a desejar. 8

Foco no campeonato: mais uma vez, o Santos entra dividido entre Brasileirão e Copa do Brasil. Em 2015, esta dúvida custou a vaga para a Libertadores. 8


SÃO PAULO (7,4 - 5º)
Elenco: mesmo que tenha perdido peças importantes, o São Paulo ainda conta com um grupo de jogadores qualificado na maioria das posições. 7

Ataque: nos períodos mais problemáticos, o ataque nunca foi o problema são-paulino. Há bons jogadores de frente, meias criativos e outros tantos de outras funções que sabem marcar gols. 8

Defesa: Rodrigo Caio já se firmou como um dos principais zagueiros do país, mas a defesa é claramente o ponto fraco da equipe, alternando jornadas seguras com outras desastrosas desde o ano passado. 6

Técnico: já adaptado ao Brasil, Edgardo Bauza é um dos mais experientes e vitoriosos treinadores da América do Sul, mas seu currículo é mais rico no mata-mata que nos pontos corridos. 8

Tradição: seis vezes campeão e seis vezes vice, o São Paulo é o clube brasileiro com mais conquistas tanto em âmbito nacional quanto internacional. 10

Últimos Brasileiros: em 13 edições na era dos pontos corridos, o São Paulo chegou nada menos que nove vezes no G-4. Mesmo que seu auge já tenha passado há algum tempo, foi 4º colocado em 2012 e 2015 e vice-campeão em 2014. 8

Início de ano: sofreu bastante para passar de fase na Libertadores e fez campanha quase vexatória no Paulistão. Nos mata-matas da Libertadores, porém, engrenou. 7

Momento do clube: dentro de campo, a equipe vive um bom momento. Fora dele, o clube segue dividido e bagunçado como poucas vezes em sua história. 6

Fator local: acostumado a jogar no gramado grande do Morumbi, o São Paulo quase sempre fica entre os melhores mandantes do Brasileirão. 8

Foco no campeonato: no momento, os mata-matas da Libertadores são a prioridade. A estreia são-paulina, domingo, contra o Botafogo, terá time reserva. 6


SPORT (6,5 - 13º)
Elenco: perdeu nomes importantes, como André, Marlone e Élber, mas recuperou Diego Souza. Tem o melhor grupo de jogadores do Nordeste desde 2014. 6

Ataque: com as perdas recentes neste setor, acabou vendo seu poderio ofensivo despencar. No Campeonato Pernambucano, a produção foi abaixo do esperado. 6

Defesa: perdeu recentemente o goleiro Danilo Fernandes, mas segue sendo um setor bastante seguro, herança dos tempos do técnico Eduardo Baptista. 7

Técnico: experiente, Oswaldo de Oliveira vem de trabalhos recentes bem razoáveis em clubes grandes. No Sport, com um pouco menos de cobrança, pode atingir bons resultados. 7

Tradição: campeão (sim) de 1987, é um participante frequente que vez por outra consegue uma boa campanha. 6

Últimos Brasileiros: vem de duas campanhas boas em 2014 e 2015, mas anda devendo uma classificação dentro do G-4. 6

Início de ano: já trocou duas vezes de técnico, caiu nas semifinais da Copa do Nordeste e perdeu o título estadual em casa. 4

Momento do clube: está afirmado nos últimos anos como o melhor time nordestino da atualidade, mas enfrenta uma instabilidade em seu projeto desde que Eduardo Baptista saiu para treinar o Fluminense. 6

Fator local: na Ilha do Retiro, foi poderoso em 2015. Costuma receber bom público e sabe fazer valer o fator local. 8

Foco no Brasileiro: o Brasileirão é a maior competição do ano do Sport. Depois dos fracassos do primeiro semestre, entrará nele com bastante fome de resposta. 9


VITÓRIA (6,2 - 16º)
Elenco: é um grupo de jogadores bastante parelho, mas formado basicamente por peças medianas. 5

Ataque: fez sua parte durante o Campeonato Baiano, mas precisa de mais qualidade de definição. 6

Defesa: apesar de Vagner Mancini não ser um treinador que prime por montar boas defesas, a equipe tem apresentado uma mecânica bastante razoável neste setor. 6

Técnico: Mancini conhece bem o Barradão. O objetivo é superar a campanha de 2008, que começou muito boa e caiu de ritmo no returno. 6

Tradição: o Vitória é participante frequente da Série A, mas chegou apenas duas vezes na história entre os quatro melhores do Brasileirão. 5

Últimos Brasileiros: o 6º lugar de 2013 foi disparadamente o que de melhor o Vitória fez recentemente. Em geral, o clube tem alternado campanhas médias com rebaixamentos e acessos. 5

Início de ano: o Vitória fez poucos jogos em 2016, mas cumpriu seu dever, conquistando o título baiano e seguindo adiante na Copa do Brasil. 7

Momento do clube: agora, a fase é boa, mas elas costumam ir e vir. O desafio do Vitória é permanecer por vários anos na elite, o que não ocorre desde o período 1993-2004. 6

Fator local: o Barradão impõe respeito, mas não é da característica do Vitória vencer "na marra" como mandante. 7

Foco no Brasileiro: manter-se na Série A é a grande meta rubro-negra desta temporada. 9

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