O Atlético x São Paulo de hoje vai ser bem diferente (e melhor) que o da semana passada

A partida truncada, estudada e chata da semana passada não tende a se repetir no Horto. Se São Paulo e Atlético Mineiro se atacaram pouco e se respeitaram muito no Morumbi, hoje as circunstâncias pesam para que ocorra o contrário. O placar agregado parcial de 1 a 0 em favor dos paulistas, a enorme pressão da Arena Independência e as escalações de Diego Aguirre e Edgardo Bauza devem propiciar um jogo bem mais interessante que o de sete dias atrás.

Muito criticado (e com razão) por escalar três volantes na semana passada, Aguirre não terá essa opção hoje. Na verdade, até tem: sem Rafael Carioca e Júnior Urso, pode escalar Eduardo e Lucas Cândido junto a Leandro Donizete. Mas é improvável, não apenas porque o Galo precisa ser mais ofensivo, mas porque encheria seu time de reservas não tão utilizados como Dátolo ou Cazares, apenas para citar duas das opções que sequer ficaram no banco no Morumbi.

Hoje, todas as circunstâncias levam o uruguaio a abrir o Galo. Além de poder contar com Dátolo e de ter nomes como Cazares e Clayton aprovados pela boa atuação diante do Santos, o Atlético se vê sem dois de seus três principais volantes e precisa de gols, assim, no plural. Claro, entrar aberto demais pode causar o cobertor curto: o São Paulo virá prontinho para contra-atacar, e terá jogadores rápidos para isso. Um golzinho do time paulista obriga os mineiros a fazer três.

Falando nisso, Bauza terá o time que considera ideal. Uma escalação que nunca jogou junta, mas que os são-paulinos sabem bem que é a que seu técnico entende como a melhor. A velocidade de Kelvin, a agressividade de Michel Bastos e a inteligência de Ganso logo atrás de Calleri e à frente dos volantes Hudson e Thiago Mendes. Um time equilibrado, o mais forte que o Tricolor tem no momento, diante de um Atlético provavelmente aberto, ofensivo e cheio de qualidade, mas repleto de mistério. Que grande noite viverá Belo Horizonte.

O pecado equatoriano
O gol de Martínez aos 26 minutos do segundo tempo redefiniu o confronto entre Independiente del Valle e Pumas. Até aquele momento, com dois de Angulo, os equatorianos abriam sobre os mexicanos a mesma vantagem imposta ao River Plate nas oitavas de final. O 2 a 1 leva a decisão para a Cidade do México com a necessidade de apenas um gol para a equipe asteca. O que não é simples, visto que o Independiente tem na resistência defensiva sua principal característica na Libertadores. Confronto totalmente aberto.

Grande final na Suíça
A primeira decisão de título de Jürgen Klopp pelo Liverpool é diante do Sevilla, o maior bicho-papão da Liga Europa nos últimos anos. Um duelo de dois treinadores inteligentes e equipes equilibradas, ambas muito boas, mas que acabaram pecando pela irregularidade em seus fortes campeonatos nacionais. O jogo é às 15h45, na Basileia.

O drama de Muricy
Desligado do São Paulo para tratar de seus problemas de saúde, Muricy Ramalho sofreu a mesma arritmia cardíaca que o acometia no Morumbi. Um problema e tanto para o Flamengo, que hoje tem partida decisiva diante do Fortaleza e domingo viaja a Porto Alegre para encarar o Grêmio. Que se recupere logo, e bem.

Os zagueiros do Grêmio
Alberto Guerra tem o mérito de ir direto ao ponto: voltou ao Grêmio estabelecendo como prioridade a contratação de um zagueiro para ser titular. Da lista de cogitações, nenhum supera o argentino Maidana, do River Plate, melhor zagueiro da Libertadores de 2015. Contratação que beiraria a perfeição, não apenas pelo nível do jogador, mas por ele complementar bem o estilo de Pedro Geromel. Porém, tende a ser difícil. Nas laterais, Edílson soma quase nada, e o contrato de três anos é um enorme erro. A cogitação de Fábio Santos, mesmo com todos os títulos obtidos no Corinthians, é igualmente preocupante. Reforçar bem o grupo de 2016 não pode ser uma volta aos bons tempos de 2010.

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