Retrospectiva 2015: Sport

A partir de hoje, o Carta na Manga traz uma retrospectiva da temporada trazendo os principais destaques e como foi o mês a mês dos 16 clubes brasileiros mais bem colocados em seu ranking. Começamos com a trajetória do Sport em 2015.

Depois de uma boa temporada sob o comando de Eduardo Baptista em 2014, o Sport começou 2015 com expectativa de um bom trabalho. Apesar de não ter conquistado nenhum título, o Leão confirmou as boas perspectivas, fazendo sua melhor campanha no Brasileirão dos últimos 15 anos, liderando o certame por algumas rodadas e permanecendo no G-4 na maior parte do primeiro turno. Para muitos, merecia uma vaga na Libertadores mais do que o próprio São Paulo, que acabou em 4º lugar ao final da competição.

Diego Souza, artilheiro e condutor do bom Sport de 2015
JANEIRO
Dando continuidade ao bom trabalho de Eduardo Baptista em 2014, o Sport começou o ano com boas perspectivas. Ainda sem um grande número de reforços (Samuel, do Fluminense, é o principal), a equipe começa a temporada fazendo 3 a 0 no rival Santa Cruz logo de cara, na estreia do Campeonato Pernambucano.

FEVEREIRO
A equipe começa a Copa do Nordeste tropeçando para o Sampaio Corrêa, mas aos poucos se recupera. No Campeonato Pernambucano, em meio à busca por reforços, passa fácil pelos adversários. Destaque para a vitória por 1 a 0 sobre o Náutico.

MARÇO
O clube encontra em Matheus Ferraz, ex-Criciúma, o parceiro para o experiente Durval na defesa. No estadual, a campanha segue brilhante: com 25 pontos em 30 disputados, termina a fase classificatória disparado na liderança, com 11 pontos de vantagem sobre o vice-líder Náutico, a quem bate na Arena Pernambuco, com autoridade, por 2 a 0. Na Copa do Nordeste, obtém a vaga para as quartas de final na última rodada e elimina o Fortaleza, nos pênaltis, chegando às semifinais.

ABRIL
Mês muito complicado para o Leão. Depois de patrolar em março, o Sport é eliminado das duas competições que disputava. Na Copa do Nordeste, cai nas semifinais para o Bahia, após uma frustrante derrota por 3 a 2 na Fonte Nova. No estadual, a queda é ainda mais dura, para o Salgueiro. Ao menos, o time passa de fase na Copa do Brasil, superando o fraco CENE.

MAIO
O começo da virada no ano rubro-negro. Nas quatro primeiras rodadas do Brasileirão, o Sport obtém 8 pontos e passa a disputar a liderança com o Atlético-PR. O ótimo começo trouxe reflexos também na Copa do Brasil: ainda sob a crise de abril, a equipe iniciou o mês levando 2 a 0 da Chapecoense, mas devolveu o resultado em Recife e levou a melhor nos pênaltis. Na fase seguinte, começou batendo o Santos por 2 a 1. A contratação do mês foi o atacante Maikon Leite.

JUNHO
Com as chegadas de André e Marlone, o Sport sobe de patamar. Ao contrário do que muitos previam, o time de Eduardo Baptista se mantém entre os líderes do Brasileirão, obtendo neste mês 11 dos 15 pontos disputados. A campanha mantém a regularidade: o time vencia em todas em casa e empatava todas fora. Com 19 pontos em 9 jogos, termina junho na liderança da competição e com um ótimo futebol.

JULHO
Começa um novo período de instabilidade. A equipe começa o mês ainda embalada, goleando o Inter por 3 a 0, mas acaba perdendo a liderança ao levar 2 a 1 do Atlético-MG, num grande jogo, no Mineirão. A seguir, é eliminada da Copa do Brasil ao levar 3 a 1 do Santos, que vinha em mau momento. Ainda assim, encerra o mês (15ª rodada) dentro do G-4.

AGOSTO
Sem a mesma força em casa, o Sport segue sem fazer pontos fora. A campanha despenca. Embora tenha realizado um grande enfrentamento com o novo líder Corinthians (derrota por 4 a 3 em Itaquera), o time pernambucano termina o mês sem vencer nenhum dos seis jogos do Brasileirão, cai para o 8º lugar e ainda vê a invencibilidade em casa ruir diante do Flamengo. Ao menos, consegue eliminar o Bahia na Copa Sul-Americana.

SETEMBRO
Em crise, Eduardo Baptista deixa o comando do clube. Mas não foi por demissão: com convite do Fluminense, ele aceitou um novo desafio, aproveitando também o momento de baixa na Ilha do Retiro (a equipe já estava em 10º lugar). Para o seu lugar, chegou Paulo Roberto Falcão, que estreou empatando com o Huracán, pela Sul-Americana, em 1 a 1. A equipe volta a vencer com a autoridade dos velhos tempos o jogo seguinte (3 a 0 na Chapecoense), mas caiu na Sul-Americana para os argentinos, que goleiam por 3 a 0 em Buenos Aires.

OUTUBRO
A parada para as eliminatórias faz bem a Falcão, que ganha dez dias exclusivos para treinar e conhecer melhor o elenco. O Sport volta com tudo, e conquista três vitórias seguidas: duas de goleada, em casa (incluindo um 4 a 1 no Atlético-MG), e finalmente ganha a primeira fora, contra o Palmeiras, no Pacaembu. Porém, a euforia é freada ao levar 3 a 0 do São Paulo, em uma péssima atuação, na rodada seguinte.

NOVEMBRO
O Sport começa o mês vencendo o Grêmio por 1 a 0 e volta a sonhar com G-4, mas um empate frustrante em casa com o Atlético-PR praticamente sepulta o sonho de chegar à Libertadores. Na penúltima rodada, a equipe pernambucana se vê matematicamente eliminada da briga, mesmo batendo o campeão Corinthians por 2 a 0.

DEZEMBRO
O Sport encerra o Brasileiro ganhando de 1 a 0 da Ponte Preta. Apesar de não obter nenhuma taça, o saldo do ano é positivo: com 59 pontos, o Leão faz sua melhor campanha na era dos pontos corridos, chegando em 6º lugar, sua melhor colocação desde 2000.

O RESUMO DO SPORT EM 2015
Campanha: 119 pontos; 72 jogos; 33 vitórias; 20 empates; 19 derrotas; 109 gols marcados; 70 gols sofridos; 55,1% de aproveitamento
Colocações: Copa Sul-Americana (16º); Campeonato Brasileiro (6º); Copa do Brasil (19º); Copa do Nordeste (4º); Campeonato Pernambucano (3º)
Artilheiros: Diego Souza (18), André (14), Élber (11)
Destaques: Rithely, Diego Souza, Danilo Fernandes
Decepção: Hernane
Ponto alto do ano: Sport 3 x 0 Internacional, Brasileiro, 01/07/2015
Ponto baixo do ano: Sport 0 x 0 Central, Pernambucano, 02/05/2015
Ranking Carta na Manga: 16º lugar (486,5 pontos)

O TIME DE BOTÃO DO SPORT EM 2015
Foto: Williams Aguiar/Sport.

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