A pior semana está chegando ao fim

O Grêmio vive o fim de sua pior semana do ano. Sim, os últimos dias foram piores do que aqueles no início de fevereiro, em que a equipe perdeu duas seguidas dentro da Arena pelo Gauchão, aqueles mesmos dias em que Felipão deixou a casamata antes do apito final. Porque, agora, a saída do treinador foi definitiva, e ainda não há substituto. E porque é preciso vencer o Figueirense de qualquer maneira, pois o Brasileirão já está em andamento. A derrota para o Coritiba foi mais pesada que a diante do Veranópolis por ter servido de prévia do que a realidade do Brasileirão será capaz de reservar à equipe, se não houver profundas mudanças e de forma relativamente rápida.

James Freitas começou bem: refez o time que Luiz Felipe desacreditou após ter perdido o Gauchão. O Grêmio que se ajeitou em meio ao estadual não é nenhum primor, mas é melhor do que aquele que começou o Brasileiro. Douglas volta, Marcelo Oliveira retorna para a lateral esquerda. Luan jogará um pouco mais longe do gol do que deveria, mas fez boa dupla com Giuliano aberto pela meia durante o estadual, ambos com liberdade de movimentação e ingresso na área. Na frente, Pedro Rocha é um acréscimo em relação a Braian Rodríguez.

Nada de invenções, nada de revolucionário, nada de brilhante. Mas quando há limitações o importante é isso mesmo: simplicidade. O erro de Felipão neste começo de Brasileiro foi desfazer e começar do zero um trabalho que estava em andamento e que, embora tenha perdido para o ótimo time do Internacional, não era ruim. James parte, portanto, não do zero, mas do ponto em que Luiz Felipe deixou o time antes de perder no Beira-Rio. E era aquele Grêmio que tinha condições de, ao menos, não frequentar os últimos lugares da tabela.

Claro que a naturalidade com que a equipe jogava não será a mesma. É outro técnico, outro ambiente (muito mais pressão do que apoio) e, principalmente, outra exigência. O Figueirense de Argel não é mais o adversário chato de 2014: foi vice-campeão estadual e começou o Brasileirão mal, tomando inclusive uma goleada do Sport em Recife. Mas quando as coisas estão internamente complicadas, todo rival, por mais modesto que seja, ganha corpo de grande time. E esse é o desafio gremista de hoje à noite na Arena: mais do que ganhar do Figueirense, é ganhar de si mesmo, de suas limitações, superar a pressão a que está submetido. E encerrar, de uma vez por todas, esta semana tão sombria.

Vasco (14º, 2) x Internacional (12º, 3): noite para ver Nilmar desde o início em São Januário. Em termos técnicos, os reservas colorados não devem muita coisa para o Vasco. Mas Doriva, apesar dos recentes tropeços, faz um bom trabalho em São Januário. Favoritismo, de leve, para os cariocas.

São Paulo (9º, 3) x Joinville (17º, 1): noite de paciência para o São Paulo. O Joinville é osso duro de roer: campeão catarinense, só perdeu no fim para o Fluminense no Maracanã com um homem a menos e segurou o Palmeiras na rodada seguinte.

Em tempo:
- Ótimo começo do Náutico, de tão ruim Campeonato Pernambucano, na Série B. Bateu o Criciúma por 2 a 0 e manteve os 100% após três rodadas. Só o Botafogo, se ganhar hoje do Atlético-GO em Brasília, pode se igualar ao Timbu.

- Jogos entre Grêmio e Criciúma pela Copa do Brasil já têm datas definidas: 15 e 22 de julho, na Arena e no Heriberto Hülse, respectivamente. O horário previamente estabelecido é o das 22:00, mas pode ser revisto.

Comentários

Chico disse…
Temos que vencer hoje de qualquer maneira.