Quanto mais alto, pior

Ao jogar em La Paz, o Internacional voltará ao cenário mais alto em que já esteve em competições internacionais na sua história. O histórico do time gaúcho em grandes alturas é muito simples de ser entendido, e chega a ser um exemplo didático para se explicar os efeitos da altitude: quanto mais alto, pior é para quem não está acostumado ao ar rarefeito. A amostragem é pequena (apenas 10 jogos), mas a queda de desempenho é tentadoramente matemática: a cada 500 metros, o aproveitamento piora 5,5%. Pelo menos até o jogo de amanhã.

Cidade do México e Manizales (2.200 metros): na campanha do título de 2006, a equipe foi à capital mexicana e bateu o Pumas por 2 a 1. Seis anos depois, voltaria a jogar em altitude semelhante, ficando no 2 a 2 com o Once Caldas, pela etapa preliminar da Libertadores.

Pachuca de Soto (2.400 metros): pela partida da Recopa de 2007, uma derrota por 2 a 1.

Cuenca e Cochabamba (2.550 metros): na cidade equatoriana, o Inter bateu o Deportivo Cuenca pela primeira fase da Libertadores de 1977, por 2 a 0. Já em solo boliviano, o Colorado fez 4 a 1 no Jorge Wilstermann, na edição de 2011.

Quito (2.850 metros): foi a cidade alta na qual o Colorado mais atuou. O histórico é de grandes dificuldades. A primeira vez foi pela Libertadores de 1977: uma derrota por 2 a 0 para o Nacional-EQU. Em 2006, nas quartas de final, levou 2 a 1 da LDU. Três anos depois, voltou a enfrentar o mesmo adversário pela Recopa, e tomou 3 a 0. Na campanha do bi, em 2010, um difícil empate em 1 a 1 com o Deportivo Quito.

La Paz (3.660 metros): contra o mesmo Stongest que enfrentará amanhã, o Inter penou para chegar a um empate no finzinho do jogo, na fase de grupos de 2012: 1 a 1.

APROVEITAMENTO
Entre 2.000 e 2.500 metros: 44,4% (3 jogos)
De 2.500 a 3.000 metros: 38.9% (6 jogos)
Acima de 3.000 metros: 33,3% (1 jogo)
Média: 40,0% (10 jogos)

Comentários