Eles não cansavam de se enfrentar
Cruzeiro e Palmeiras fazem hoje à noite um duelo de opostos. Os mineiros, líderes, em busca do bicampeonato nacional; os paulistas, por sua vez, numa colocação modesta, recém-egressos da Série B, lutando para não voltar a ela em 2015. A Raposa joga em casa e tem o mais absoluto favoritismo para vencer o jogo de hoje. No entanto, a história dos confrontos entre ambos já foi bem equilibrada. E em altíssimo nível.
Cruzeiro e Palmeiras travavam, no final dos anos 90, o grande clássico nacional. O auge da rivalidade ocorreu em 1998, quando nada menos que nove confrontos entre os dois gigantes ocorreram, cinco deles decidindo título, outros três valendo vaga em duelo eliminatório. Entre novembro e dezembro daquele ano, eles chegaram a se encontrar seis vezes em um espaço de 45 dias. Vale à pena relembrar aqueles grandes tempos. E morrer de saudade da época em que o ano acabava sempre em mata-matas históricos.
ROUND 1 - FINAL DA COPA DO BRASIL
Aqui já tínhamos um gostinho de revanche. Dois anos antes, em 1996, Palmeiras e Cruzeiro decidiram a Copa do Brasil, com uma surpreendente vitória da Raposa em pleno Palestra Itália, contra um supertime palmeirense comandado por Vanderlei Luxemburgo. No dia 26 de maio, Fábio Júnior marcou o único gol da vitória cruzeirense no Mineirão, deixando a Raposa a um passo do bi. Quatro dias mais tarde, o Palmeiras conseguiu sua vendetta: Paulo Nunes abriu o placar logo aos 12 minutos de jogo, e, quando tudo levava a crer que o título seria decidido nos pênaltis, Oséas fez o gol do título aos 44 da etapa final.
Copa do Brasil 1998 - Final - Jogo de volta
PALMEIRAS (2): Velloso; Neném, Roque Júnior, Cléber e Júnior; Galeano, Rogério, Alex (Arílson) e Zinho; Paulo Nunes (Almir) e Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz Felipe
CRUZEIRO (0): Paulo César; Gustavo, Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Valdir, Marcos Paulo, Ricardinho e Elivélton (Geovanni); Bentinho (Caio) e Marcelo Ramos. Técnico: Levir Culpi
Local: Morumbi, São Paulo (SP); Data: sábado, 30/05/1998; Árbitro: Sidrack Marinho dos Santos (SE); Público: 45.237; Gols: Paulo Nunes 12 do 1º; Oseás 44 do 2º; Cartão amarelo: Roque Júnior, Cléber e Wilson Gottardo
ROUND 2 - QUARTAS DE FINAL DO BRASILEIRÃO
O Palmeiras fechou a primeira fase do Brasileirão como vice-líder, só atrás do Corinthians. O Cruzeiro foi o 7º, garantindo vaga só na última rodada. Assim, ambos se encontraram nas quartas de final. O sistema era de play-off: quem vencesse dois jogos garantia vaga. Se isso não ocorresse, um terceiro jogo seria realizado, onde a equipe com mais pontos, e depois melhor saldo no geral do confronto, passava adiante. Em caso de empate nestes dois critérios, a melhor campanha na fase inicial decidia.
O Cruzeiro (que bateu o Verdão por 3 a 1 na fase inicial do certame) venceu a primeira das três partidas, disputada no dia 14 de novembro, no Mineirão. Fábio Júnior abriu o placar aos 17 da etapa final, Oséas empatou dois minutos depois e Marcelo Djian, aos 37, definiu a vitória mineira. No segundo jogo, dia 22 daquele mês, o Palmeiras devolveu o 2 a 1 em casa: Paulo Nunes fez 1 a 0 aos 26 minutos de jogo, Djair empatou aos 42 e Júnior Baiano fez um golaço aos 45, devolvendo o 2 a 1 e deixando os paulistas a um empate da semifinal.
Em desvantagem, o Cruzeiro fez história na terceira partida, disputada novamente em São Paulo, em 26 de novembro. Marcelo Ramos fez dois gols em dois minutos, aos 31 e 33, deixando a Raposa com ampla vantagem, mas o Palmeiras buscou o empate com Almir, aos 3, e Paulo Nunes, aos 17 da etapa final. Para piorar as coisas para o Cruzeiro, Valdo, referencial técnico do meio-campo, foi expulso, deixando o time com um a menos. Mas Fábio Júnior, aos 43, definiu o 3 a 2 que levou o time mineiro às semifinais e eliminou o Palmeiras do Brasileirão.
Campeonato Brasileiro 1998 - Quartas de Final - 3º jogo
PALMEIRAS (2): Velloso; Arce, Cléber, Agnaldo e Júnior; Galeano (Roque Júnior), Rogério, Alex (Almir) e Zinho; Paulo Nunes (Tiago Silva) e Oséas. Técnico: Luiz Felipe
CRUZEIRO (3): Paulo César; Gustavo (Ronaldo), Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Marcos Paulo (Caio), Djair e Valdo; Müller, Fábio Júnior e Marcelo Ramos (Alex Alves). Técnico: Levir Culpi
Local: Palestra Itália, São Paulo (SP); Data: quinta, 26/11/1998; Árbitro: Sidrack Marinho dos Santos (SE); Público: 28.317; Gols: Marcelo Ramos 31 e 33 do 1º; Almir 3, Paulo Nunes 17 e Fábio Júnior 43 do 2º; Expulsão: Valdo, Rogério e Arce
ROUND 3 - FINAL DA COPA MERCOSUL
Exatos 20 dias depois do histórico encontro pelas quartas de final do Brasileiro, Cruzeiro e Palmeiras voltavam a campo para decidir o título da primeira edição da Copa Mercosul. O sistema era idêntico ao do torneio nacional, de play-off. E, a exemplo do mata-mata de novembro, o Cruzeiro começou vencendo em casa, por 2 a 1: Marcelo Ramos e Fábio Júnior marcaram para os mineiros, Roque Júnior descontou para os paulistas.
No segundo jogo, o Palmeiras venceu de virada, por 3 a 1. Fábio Júnior deixou o Cruzeiro perto do título logo aos 3 minutos, mas Cléber empatou em seguida. No segundo tempo, Oséas e Paulo Nunes definiram o placar. Para a terceira partida, só a vitória interessava à Raposa. Mas deu Palmeiras de novo: 1 a 0 de novo, gol de Arce, quase no reveillon - o jogo ocorreu em 29 de dezembro de 1998, o ano que viveu Cruzeiro e Palmeiras se enfrentarem nove vezes.
Assim, 1998 encerrou com o Palmeiras ganhando dois importantes títulos, ambos em cima do Cruzeiro: a Mercosul e a Copa do Brasil. A Raposa, por sua vez, saiu como grande injustiçada da temporada: mesmo com um timaço, foi tri-vice: perdeu, além destes dois títulos, o Brasileirão para o Corinthians - vale lembrar que o Cruzeiro decidiu Brasileirão e Mercosul ao mesmo tempo, no seguinte calendário:
13/12/1998 - Brasileiro - Cruzeiro 2 x 2 Corinthians
16/12/1998 - Mercosul - Cruzeiro 2 x 1 Palmeiras
20/12/1998 - Brasileiro - Corinthians 1 x 1 Cruzeiro
23/12/1998 - Brasileiro - Corinthians 2 x 0 Cruzeiro
26/12/1998 - Mercosul - Palmeiras 3 x 1 Cruzeiro
29/12/1998 - Mercosul - Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro.
Nada menos que 6 finais em duas semanas. Nunca o futebol brasileiro viu um time viver tantas decisões ao mesmo tempo.
Copa Mercosul 1998 - Final - 3º jogo
PALMEIRAS (1): Velloso; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; Rogério, Tiago Silva, Alex (Almir) e Zinho (Agnaldo); Paulo Nunes e Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz Felipe
CRUZEIRO (0): Dida; Gustavo, João Carlos, Marcelo Djian e Gilberto; Marcos Paulo, Ricardinho (Caio) e Valdo; Müller (Alex Alves), Fábio Júnior e Marcelo Ramos. Técnico: Levir Culpi
Local: Palestra Itália, São Paulo (SP); Data: terça, 29/12/1998; Árbitro: Luciano Augusto de Almeida (BRA); Público: 28.959; Gol: Arce 17 do 2º; Cartão amarelo: Tiago Silva, Zinho, Pedrinho, Marcelo Djian e João Carlos; Expulsão: Marcelo Ramos
ROUNDS POSTERIORES
Nos anos seguintes, os dois clubes voltaram a se enfrentar em alguns mata-matas históricos. O Palmeiras levou vantagem em todos.
Mercosul 1999: pelas quartas de final, o Verdão aplicou históricos 7 a 3 sobre o Cruzeiro no jogo de ida, no Palestra. Na volta, no Mineirão, perdeu por 2 a 0, mas seguiu adiante na competição - foi vice-campeão. Foram os dois últimos dos cinco jogos que ambos fizeram em 1999.
Copa dos Campeões 2000: na primeira edição do torneio dos campeões regionais. o Palmeiras eliminou o Cruzeiro nas quartas de final. Em João Pessoa, vitória por 3 a 1; em Maceió, empate em 1 a 1. O time paulista se sagraria campeão.
Mercosul 2000: mais um mata-mata naquele ano, e mais um pela Mercosul, o terceiro em três anos. Deu Palmeiras de novo. Pelas quartas de final, o Verdão fez 3 a 2 em casa e 2 a 1 fora, chegando às semifinais. Perderia o título de forma incrível para o Vasco. Em 2000, as equipes se enfrentaram sete vezes.
Libertadores 2001: o último grande confronto ocorreu nas quartas da Libertadores de 2001. Em São Paulo, empate de 3 a 3; em Belo Horizonte, 2 a 2. Como não havia saldo qualificado pelo regulamento da época, a decisão foi para os pênaltis. E o Palmeiras levou a melhor, calando o Mineirão.
Entre 1998 e 2001, Palmeiras e Cruzeiro se enfrentaram nada menos que 24 vezes. O equilíbrio é grande: nove vitórias para cada lado e seis empates. Foram 40 gols palmeirenses e 39 cruzeirenses, o que significa uma média superior a 3 gols por jogo. Os mata-matas, apesar do equilíbrio no geral, foram quase todos alviverdes: em sete duelos, seis acabaram com classificação ou título do Palmeiras e só um com sucesso cruzeirense. Nas memórias, porém, todos nós acabamos vencedores: palmeirenses, cruzeirenses, secadores ou neutros.
Cruzeiro e Palmeiras travavam, no final dos anos 90, o grande clássico nacional. O auge da rivalidade ocorreu em 1998, quando nada menos que nove confrontos entre os dois gigantes ocorreram, cinco deles decidindo título, outros três valendo vaga em duelo eliminatório. Entre novembro e dezembro daquele ano, eles chegaram a se encontrar seis vezes em um espaço de 45 dias. Vale à pena relembrar aqueles grandes tempos. E morrer de saudade da época em que o ano acabava sempre em mata-matas históricos.
ROUND 1 - FINAL DA COPA DO BRASIL
Aqui já tínhamos um gostinho de revanche. Dois anos antes, em 1996, Palmeiras e Cruzeiro decidiram a Copa do Brasil, com uma surpreendente vitória da Raposa em pleno Palestra Itália, contra um supertime palmeirense comandado por Vanderlei Luxemburgo. No dia 26 de maio, Fábio Júnior marcou o único gol da vitória cruzeirense no Mineirão, deixando a Raposa a um passo do bi. Quatro dias mais tarde, o Palmeiras conseguiu sua vendetta: Paulo Nunes abriu o placar logo aos 12 minutos de jogo, e, quando tudo levava a crer que o título seria decidido nos pênaltis, Oséas fez o gol do título aos 44 da etapa final.
Copa do Brasil 1998 - Final - Jogo de volta
PALMEIRAS (2): Velloso; Neném, Roque Júnior, Cléber e Júnior; Galeano, Rogério, Alex (Arílson) e Zinho; Paulo Nunes (Almir) e Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz FelipeCRUZEIRO (0): Paulo César; Gustavo, Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Valdir, Marcos Paulo, Ricardinho e Elivélton (Geovanni); Bentinho (Caio) e Marcelo Ramos. Técnico: Levir CulpiLocal: Morumbi, São Paulo (SP); Data: sábado, 30/05/1998; Árbitro: Sidrack Marinho dos Santos (SE); Público: 45.237; Gols: Paulo Nunes 12 do 1º; Oseás 44 do 2º; Cartão amarelo: Roque Júnior, Cléber e Wilson Gottardo
ROUND 2 - QUARTAS DE FINAL DO BRASILEIRÃO
O Palmeiras fechou a primeira fase do Brasileirão como vice-líder, só atrás do Corinthians. O Cruzeiro foi o 7º, garantindo vaga só na última rodada. Assim, ambos se encontraram nas quartas de final. O sistema era de play-off: quem vencesse dois jogos garantia vaga. Se isso não ocorresse, um terceiro jogo seria realizado, onde a equipe com mais pontos, e depois melhor saldo no geral do confronto, passava adiante. Em caso de empate nestes dois critérios, a melhor campanha na fase inicial decidia.
O Cruzeiro (que bateu o Verdão por 3 a 1 na fase inicial do certame) venceu a primeira das três partidas, disputada no dia 14 de novembro, no Mineirão. Fábio Júnior abriu o placar aos 17 da etapa final, Oséas empatou dois minutos depois e Marcelo Djian, aos 37, definiu a vitória mineira. No segundo jogo, dia 22 daquele mês, o Palmeiras devolveu o 2 a 1 em casa: Paulo Nunes fez 1 a 0 aos 26 minutos de jogo, Djair empatou aos 42 e Júnior Baiano fez um golaço aos 45, devolvendo o 2 a 1 e deixando os paulistas a um empate da semifinal.
Em desvantagem, o Cruzeiro fez história na terceira partida, disputada novamente em São Paulo, em 26 de novembro. Marcelo Ramos fez dois gols em dois minutos, aos 31 e 33, deixando a Raposa com ampla vantagem, mas o Palmeiras buscou o empate com Almir, aos 3, e Paulo Nunes, aos 17 da etapa final. Para piorar as coisas para o Cruzeiro, Valdo, referencial técnico do meio-campo, foi expulso, deixando o time com um a menos. Mas Fábio Júnior, aos 43, definiu o 3 a 2 que levou o time mineiro às semifinais e eliminou o Palmeiras do Brasileirão.
Campeonato Brasileiro 1998 - Quartas de Final - 3º jogo
PALMEIRAS (2): Velloso; Arce, Cléber, Agnaldo e Júnior; Galeano (Roque Júnior), Rogério, Alex (Almir) e Zinho; Paulo Nunes (Tiago Silva) e Oséas. Técnico: Luiz FelipeCRUZEIRO (3): Paulo César; Gustavo (Ronaldo), Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Marcos Paulo (Caio), Djair e Valdo; Müller, Fábio Júnior e Marcelo Ramos (Alex Alves). Técnico: Levir CulpiLocal: Palestra Itália, São Paulo (SP); Data: quinta, 26/11/1998; Árbitro: Sidrack Marinho dos Santos (SE); Público: 28.317; Gols: Marcelo Ramos 31 e 33 do 1º; Almir 3, Paulo Nunes 17 e Fábio Júnior 43 do 2º; Expulsão: Valdo, Rogério e Arce
ROUND 3 - FINAL DA COPA MERCOSUL
Exatos 20 dias depois do histórico encontro pelas quartas de final do Brasileiro, Cruzeiro e Palmeiras voltavam a campo para decidir o título da primeira edição da Copa Mercosul. O sistema era idêntico ao do torneio nacional, de play-off. E, a exemplo do mata-mata de novembro, o Cruzeiro começou vencendo em casa, por 2 a 1: Marcelo Ramos e Fábio Júnior marcaram para os mineiros, Roque Júnior descontou para os paulistas.
No segundo jogo, o Palmeiras venceu de virada, por 3 a 1. Fábio Júnior deixou o Cruzeiro perto do título logo aos 3 minutos, mas Cléber empatou em seguida. No segundo tempo, Oséas e Paulo Nunes definiram o placar. Para a terceira partida, só a vitória interessava à Raposa. Mas deu Palmeiras de novo: 1 a 0 de novo, gol de Arce, quase no reveillon - o jogo ocorreu em 29 de dezembro de 1998, o ano que viveu Cruzeiro e Palmeiras se enfrentarem nove vezes.
Assim, 1998 encerrou com o Palmeiras ganhando dois importantes títulos, ambos em cima do Cruzeiro: a Mercosul e a Copa do Brasil. A Raposa, por sua vez, saiu como grande injustiçada da temporada: mesmo com um timaço, foi tri-vice: perdeu, além destes dois títulos, o Brasileirão para o Corinthians - vale lembrar que o Cruzeiro decidiu Brasileirão e Mercosul ao mesmo tempo, no seguinte calendário:
13/12/1998 - Brasileiro - Cruzeiro 2 x 2 Corinthians
16/12/1998 - Mercosul - Cruzeiro 2 x 1 Palmeiras
20/12/1998 - Brasileiro - Corinthians 1 x 1 Cruzeiro
23/12/1998 - Brasileiro - Corinthians 2 x 0 Cruzeiro
26/12/1998 - Mercosul - Palmeiras 3 x 1 Cruzeiro
29/12/1998 - Mercosul - Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro.
Nada menos que 6 finais em duas semanas. Nunca o futebol brasileiro viu um time viver tantas decisões ao mesmo tempo.
Copa Mercosul 1998 - Final - 3º jogo
PALMEIRAS (1): Velloso; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; Rogério, Tiago Silva, Alex (Almir) e Zinho (Agnaldo); Paulo Nunes e Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz FelipeCRUZEIRO (0): Dida; Gustavo, João Carlos, Marcelo Djian e Gilberto; Marcos Paulo, Ricardinho (Caio) e Valdo; Müller (Alex Alves), Fábio Júnior e Marcelo Ramos. Técnico: Levir CulpiLocal: Palestra Itália, São Paulo (SP); Data: terça, 29/12/1998; Árbitro: Luciano Augusto de Almeida (BRA); Público: 28.959; Gol: Arce 17 do 2º; Cartão amarelo: Tiago Silva, Zinho, Pedrinho, Marcelo Djian e João Carlos; Expulsão: Marcelo Ramos
ROUNDS POSTERIORES
Nos anos seguintes, os dois clubes voltaram a se enfrentar em alguns mata-matas históricos. O Palmeiras levou vantagem em todos.
Mercosul 1999: pelas quartas de final, o Verdão aplicou históricos 7 a 3 sobre o Cruzeiro no jogo de ida, no Palestra. Na volta, no Mineirão, perdeu por 2 a 0, mas seguiu adiante na competição - foi vice-campeão. Foram os dois últimos dos cinco jogos que ambos fizeram em 1999.
Copa dos Campeões 2000: na primeira edição do torneio dos campeões regionais. o Palmeiras eliminou o Cruzeiro nas quartas de final. Em João Pessoa, vitória por 3 a 1; em Maceió, empate em 1 a 1. O time paulista se sagraria campeão.
Mercosul 2000: mais um mata-mata naquele ano, e mais um pela Mercosul, o terceiro em três anos. Deu Palmeiras de novo. Pelas quartas de final, o Verdão fez 3 a 2 em casa e 2 a 1 fora, chegando às semifinais. Perderia o título de forma incrível para o Vasco. Em 2000, as equipes se enfrentaram sete vezes.
Libertadores 2001: o último grande confronto ocorreu nas quartas da Libertadores de 2001. Em São Paulo, empate de 3 a 3; em Belo Horizonte, 2 a 2. Como não havia saldo qualificado pelo regulamento da época, a decisão foi para os pênaltis. E o Palmeiras levou a melhor, calando o Mineirão.
Entre 1998 e 2001, Palmeiras e Cruzeiro se enfrentaram nada menos que 24 vezes. O equilíbrio é grande: nove vitórias para cada lado e seis empates. Foram 40 gols palmeirenses e 39 cruzeirenses, o que significa uma média superior a 3 gols por jogo. Os mata-matas, apesar do equilíbrio no geral, foram quase todos alviverdes: em sete duelos, seis acabaram com classificação ou título do Palmeiras e só um com sucesso cruzeirense. Nas memórias, porém, todos nós acabamos vencedores: palmeirenses, cruzeirenses, secadores ou neutros.
Comentários