Para não deixar dúvida

Fora da liderança, ainda que por uma noite, mas pela primeira vez em muito tempo, o Cruzeiro (1º, 33) tratou logo de dirimir quaisquer dúvidas sobre uma possível queda de desempenho. Depois de dois empates seguidos que fizeram o Internacional (2º, 31) se aproximar e até ultrapassá-lo, a Raposa patrolou o Santos (10º, 20) no Mineirão, que recebeu 42 mil torcedores na tarde de ontem. Um 3 a 0 indiscutível.

Teve gol no mínimo bem discutível (Ricardo Goulart participou sim do lance, embora não tenha tocado na bola), mas também um Éverton Ribeiro inspirado, um ataque como de costume envolvente, um gol de grande qualidade de Júlio Baptista e outro de conclusão certeira de Goulart. O desafio gremista da próxima quinta-feira é imenso. O Santos (10º, 20) de Robinho, Thiago Ribeiro e Leandro Damião não foi páreo. Foi o mesmo time insosso que já vinha sendo antes da chegada de seu histórico camisa 7.

A 15ª rodada do Campeonato Brasileiro teve média de público de 20.633 torcedores por jogo. É a quarta seguida em finais de semana, e a quarta seguida com média igual ou superior a 20 mil pessoas, o que prova que quanto menos rodadas em meios de semana, mais atraente é o campeonato para o torcedor sair de casa. A média de gols segue baixa. Foram 2,00 por jogo neste final de semana, e no campeonato são 2,13 por partida.

Brasília: mais de 29 mil torcedores foram ao Mané Garrincha conferir um Botafogo (12º, 16) motivado pelo dinheiro que entrou durante a semana e um Fluminense (4º, 26) ainda abatido pela humilhante eliminação na Copa do Brasil. O time alvinegro foi mesmo melhor em quase todo o jogo e mereceu os 2 a 0, gols de Daniel e Zeballos. Fred perdeu pênalti de forma bisonha. A fase ruim segue.

São Paulo: no Pacaembu, seguiu-se a sina de derrotas de Ricardo Gareca, cada vez mais perto de perder o cargo. Em seis jogos, um empate e cinco derrotas. Ontem, diante do São Paulo (5º, 26), 22 mil pessoas viram o Palmeiras (17º, 14) tomar um gol no último minuto, de Alan Kardec, atacante que acabou de trocar um clube pelo outro. Para piorar as coisas, com os 2 a 1 sofridos, o time alviverde entrou na zona de rebaixamento. Momento complicadíssimo.

Florianópolis: cerca de 8 mil torcedores foram ao Orlando Scarpelli e vibraram com a raça do Figueirense (18º, 14), que buscou o empate duas vezes com o Atlético-MG (6º, 23), a última delas já nos acréscimos, com goleiro na área e tudo.

Recife: em disputa direta de tabela, Sport (9º, 22) e Atlético-PR (7º, 23) fizeram um jogo morno na Ilha do Retiro, diante de 14 mil torcedores. O 1 a 1 é mais útil aos paranaenses.

Curitiba: Baraka falhou, Everton roubou a bola e aproveitou para fazer o primeiro gol do Flamengo (14º, 16) como visitante neste Brasileirão. O 1 a 0 sobre o Coritiba (20º, 12) é importantíssimo, pois foi no Couto Pereira (16 mil pessoas) e contra um adversário direto de tabela.

Salvador: Vitória 0 x 0 Chapecoense. Nossa senhora.

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