A terceira estrela a caminho



Falta mais da metade do campeonato, 20 de 38 rodadas, mas a Juventus já está com uma mão na taça na Itália. O tricampeonato, dado o ritmo da equipe de Antonio Conte, é questão de tempo. Ontem, a equipe conquistou sua 16ª vitória em 18 jogos. O aproveitamento é de incríveis 90,7%. E não foi um resultado qualquer: foi uma goleada de 3 a 0 sobre a Roma, vice-líder da competição e sensação do começo de torneio, que agora está longínquos oito pontos atrás da Vecchia Signora.

Mesmo que só cinco titulares que entraram em campo ontem sejam nativos, a Juventus segue sendo o time mais italiano da Itália, pelo estilo. Conte, que jogou quase que a carreira toda na Juve, conhece bem o estilo: sua equipe propõe pouco o jogo (teve 41% de posse de bola), mas contra-ataca o tempo todo, se defende muito bem e tem transição rápida. Não só os alas Lichtsteiner e Asamoah se desprendiam bem de trás, mas Pogba, Vidal e até mesmo os zagueiros, como Chiellini, funcionam como elementos-surpresa. O primeiro gol foi assim: Vidal surgiu por trás da zaga da Roma, aproveitou passe genial de Tévez e fuzilou De Sanctis à queima-roupa. O terceiro também: Chiellini arrancou espetacularmente desde seu campo de defesa e só foi parado na violência por De Rossi, que acabou sendo expulso. Na sequência, nova expulsão, de Leandro Castan, e o pênalti convertido por Vucinic, que deu números finais ao placar.

A Roma entrou no seu estilo, propondo as ações. Começou melhor: Pjanic aparecia bem na área, Totti dava passes infiltrados perigosos, Maicon subia bem. Mas o gol de Vidal acabou com a tranquilidade romanista e deixou o jogo à feição para a Juve. A equipe da casa já terminou o primeiro tempo bem melhor, criando perigo, quase sempre com o incansável e genial Tévez. No segundo, o gol aos 3 minutos de Bonucci foi uma ducha fria em quem buscava reação. Só deu Juve na etapa final: foram seis oportunidades de gol, contra nenhuma da Roma. Para piorar, o técnico Rudi García ainda errou ao substituir Pjanic, um dos poucos que se salvava, em meio à etapa final. A última chance da equipe visitante ocorreu aos 22 do 1º tempo. Nos 68 minutos restantes, só o time de Turim teve oportunidades. Superioridade incontestável.

A tabela, por sinal, reflete isso: agora, são 49 pontos da Juve, contra 41 da Roma. Hoje, o Napoli recebe a Sampdoria e pode descontar para dois a diferença em relação ao time da capital. Ainda assim seriam 39, dez longe da líder e provável tricampeã italiana, que tem tudo para bordar a terceira estrela em cima de seu escudo com a conquista do 30º título nacional.

Eusébio
Ele se vai, e muito cedo, apenas aos 71 anos. Em 2010, antes da Copa da África do Sul, pude publicar um texto resumindo seu inesquecível Mundial de 1966, do qual foi artilheiro. Ficam as saudades.

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