Mais fracassos do interior

Há tempos o interior gaúcho não protagoniza uma boa campanha na Copa do Brasil. No ano passado, o Juventude chegou a fazer 2 a 0 na Portuguesa no Alfredo Jaconi e foi mesmo assim eliminado, caindo de quatro no Canindé, na segunda fase. A história em 2013, pelo que vimos ontem, não deve ser muito diferente. Talvez ainda pior: sem nenhum time do interior na segunda fase do torneio.

Acompanhei pela Rádio Vernanese a eliminação do Veranópolis diante do Santo André. Aparentemente um resultado natural, mas as aparências enganam. De fraca campanha na segundona paulista, o time do ABC havia levado 1 a 0 na Serra do mistão do VEC. Em Santo André, o Veranópolis mandou no primeiro tempo. Perdeu quatro ou cinco chances reais, normalmente salvas pelo goleiro Adílson. O cavalo passou encilhado, e o time de Julinho Camargo não montou. Levou dois gols na parte final do segundo tempo e acabou caindo de forma melancólica logo na primeira fase.

Em Curitiba, a eliminação do Brasil era previsível. Assim como o Veranópolis, o Xavante deu trabalho ao rival. O Atlético-PR jogou até menos do que o próprio time pelotense no Bento Freitas, e na partida de hoje só marcou seu primeiro gol aos 23 do segundo tempo. Mas passou, sem qualquer chance para uma zebra.

Amanhã, quem tem a chance de salvar a pele do interior é o Caxias, que recebe o Resende no Centenário. O 2 a 1 sofrido no Rio tem o valioso gol qualificado, mas cuidado: o Resende lidera seu grupo na Taça Rio (à frente da Dupla Fla-Flu), vive momento bem superior ao do time grená, que acaba de cair no Gauchão em casa, perdendo para o Pelotas e ficando de fora da fase final da Taça Farroupilha. A chance de só a Dupla Gre-Nal seguir viva é grande. Um cenário triste para um interior que já esteve entre os três principais do país em termos de futebol há não muito tempo, e até já deu à Copa do Brasil um valoroso campeão - o Juventude, em 1999.

Comentários

Sancho disse…
Mas o Inter ganhou duas Libertadores, o que prova o sucessso do futebol gaúcho!

#Novelettodádepressão