Empatite

O empate diante do Juventude foi o quinto seguido do Grêmio na temporada, e o sexto em sete jogos. Ou seja: a equipe está há sete partidas sem perder, mas cinco sem vencer. A "empatite" impede o Grêmio de evoluir. Se até março o time de Vanderlei Luxemburgo ganhava muito e também perdia muito, agora ganha e perde pouco.

O curioso é que algo parecido aconteceu no Brasileirão do ano passado. O Grêmio foi empatar pela primeira vez só na 15ª rodada. Fechou o turno com apenas um empate em 19 jogos, mas igualou com seus adversários em 10 das 19 partidas do segundo. Houve uma sequência de sete empates em nove jogos no campeonato, parecida com a de agora. Curiosamente, a sequência foi interrompida diante de um colombiano, por outra competição, em casa: o 1 a 0 sobre o Millonarios. O bom, agora, é que isso não se repita, ao menos no que diz respeito ao jogo de volta.

Mas a empatite que podemos diagnosticar agora é bem diferente da de 2012. Há seis meses, o Grêmio era um time formado, que ia bem no Brasileiro, e perdia pouquíssimo para adversários normalmente fortes, e só não ganhava tanto por conta do cansaço de uma estafante temporada. Agora, em abril, é a hora errada para este mal aparecer: é época de Gauchão (era, aliás), onde o normal é ocorrerem vitórias que consolidem a formação do time. O Grêmio parou de perder, parou de sofrer gols (um dos poucos lados bons disso tudo), mas parou também de vencer, de se impor a adversários menores. Parou de evoluir, estagnou. E, com um mau resultado quarta que vem, pode entrar em uma crise.

Comentários

Marcelo disse…
Acho que estes empates passam muito pela ausência do Elano.
Vicente Fonseca disse…
Concordo plenamente, Marcelo. Já até falei sobre isso num Carta na Mesa recentemente. Sem Elano, o Vargas decresce de nível, o Barcos perde um pouco sua função de sair da área (afinal, o Elano chega muito de surpresa pra concluir), o Zé Roberto perde o parceiro na criação e até o Souza piora, pois era por ali, na direita, entre eles, que muitas jogadas iniciavam. Luxemburgo tem que achar um modo de o time não ficar tão dependente dele - o que é difícil, porque repor à altura um jogador em nível de seleção é raridade.
Chico disse…
Fim do estorvo.

O que interessa é La Copa.