Colocando a casa em ordem

Passado o lançamento do Grêmio Hoje e Sempre e da semana das aguardadíssimas férias em Buenos Aires, é hora de passar a limpo alguns dos assuntos destes oito dias em que estive fora do ar aqui no Carta. Algumas coisas foram possíveis de acompanhar pela internet. Farei em tópicos.

Eleição de Fábio Koff
O resultado era mais ou menos o esperado. Um dia histórico na democracia gremista, não apenas pela volta do presidente mais vitorioso ao posto de mandatário do clube, mas também pelo comparecimento de 13 mil pessoas ao pleito, o maior da história do clube e segundo maior do futebol brasileiro em todos os tempos, perdendo apenas para a eleição de 2010 do Internacional.

Rodada do Brasileirão
Discorrerei sobre este assunto nos textos relativos à rodada deste final de semana. Mas fica claro que a briga pelo título, se é que ainda existe, é entre Atlético-MG e Fluminense. Ambos parecem ter feito um jogaço no último domingo. O Grêmio, se ainda briga por algo, é pelo vice-campeonato, que ainda assim está difícil. Mas as derrotas de Vasco e São Paulo confirmaram o tricolor na Libertadores, com 99% de certeza. O Inter conquistou um ótimo resultado em São Januário, e viu Forlán desencantar. Pena que tarde demais. Falar em Libertadores segue sendo delírio.

Sul-Americana
Vi o segundo tempo da vitória gremista sobre o Barcelona-EQU, por 2 a 1. De longe, acho preocupante o modo como o Grêmio tem levado a competição - poupando nomes como Elano de um jogo importante e, como todos, decisivo. Levou um susto, mas se recuperou a tempo. O time jogou para o gasto, poupando esforços ao máximo, o que é incompreensível, já que deveria ser uma prioridade (discorreremos sobre isso também mais adiante). Para a Fox Sports castelhana, o Grêmio é um time limitadíssimo e dependente de Zé Roberto. Análise equivocada e superficial, mas é exatamente a impressão que passa a quem só viu o time neste duelo de quarta-feira. Para passar pelo Millonarios, precisará jogar mais. E é normal que jogue mesmo.

Superclássico
Semana de River Plate x Boca Juniors em Buenos Aires é pior que semana Gre-Nal em Porto Alegre. Absolutamente tudo vira superclásico. Até os mais sisudos comentaristas econômicos e de política arriscam seus palpites no meio do telejornal, esquecendo o contexto. Todos os outros jogos da rodada são esquecidos. Neste fim de semana, no sábado, haverá um jogo bem mais importante para os rumos do Campeonato Argentino que o River - Boca de domingo: é Vélez x Racing, dois que disputam a ponta. Mesmo campeões do mundo e grandes clubes, não ganham mais que notas de rodapé.

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