Boca, merecidamente

No somatório dos dois jogos, e mesmo no de ontem, por vários momentos, o Boca Juniors foi superior ao Fluminense. No Engenhão, o time argentino foi dominado em grande parte do primeiro tempo, é verdade. Sofreu um gol acidental de Carleto - o que não é demérito carioca, pelo contrário. O Flu seguiu pressionando, perdeu chances. E ali perdeu o jogo também. Afinal, após a vantagem mínima da primeira etapa, o jogo foi outro no segundo tempo.

Povoando o meio-campo e jogando como nos velhos tempos, ocupando o campo rival em plena cancha adversária, com toque de bola paciente, o time argentino controlou a segunda parte do jogo inteira. Riquelme não apareceu em lances capitais, mas foi importantíssimo na distribuição das jogadas. Os articuladores do Flu (sem Deco, o time pena muito) eram controlados, e a equipe ficou sem saída. Restava o contra-ataque. Abel pensou certo, colocando Wellington Nem. Mas a pressão crescia, e qualquer vacilo seria fatal. Como foi aos 45, quando Santiago Silva empatou o jogo e calou o Engenhão.

Este Boca pode não ter o nível de outros que já vimos, mas não considerá-lo um fortíssimo candidato ao título é insanidade: é um time sólido, de defesa firme, um centroavante trombador e com boa troca de passes no meio. Raramente perde, e sabe jogar fora de casa. Nas semifinais, pegará o Vélez (se passar do Santos) ou o vencedor de Universidad de Chile e Libertad.

Copa do Brasil
Quem tinha vantagem a manteve. Às 19h30, o Palmeiras teve uma boa atuação e derrotou o Atlético/PR por 2 a 0, eliminando o time rubro-negro e as desconfianças. Mesmo sem Barcos. Nas semifinais, o histórico confronto entre Luxemburgo e Felipão, só que em lados opostos aos dos anos 90, está muito bem encaminhado.

Em Goiânia, o São Paulo jamais correu riscos. Por pouco, não venceu o Goiás. O 2 a 2 deu classificação tranquila ao Tricolor, que ainda assim fica devendo uma atuação melhor, de favorito. Seu adversário será o Coritiba, contra quem terá que jogar bem mais. O Coxa saiu atrás do Vitória, mas mostrou sua força no Couto Pereira e goleou por 4 a 1, após um jogo difícil em Salvador.


Comentários

Marcelo disse…
E o Schiavi, que para muitos estava velho em 2007, titular do Boca em 2012.
Lourenço disse…
É verdade, mas nada muda o fato de que o Schiavi SE ARRASTOU E NÃO JOGOU NADA no Grêmio. A zaga só se arrumou com Teco.

Mas é curioso que o Schiavi era o ex-jogador em decadência, o Teco era o jovem que estava estourando, e a carreira do Schiavi está durando mais tempo que a do Teco.
Vicente Fonseca disse…
Constatação sensacional essa Schiavi x Teco, Lourenço.
Zezinho disse…
Ninguém come a Sandra Bullock a toa