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Grande vitória do Vasco em São Januário. Os 2 a 0 contra o Libertad não só foram bem construídos como eram vitais para a permanência do time carioca na Taça Libertadores. A equipe teve paciência, persistência, não se afobou e conquistou um placar que, se não lhe deixa em situação tranquila, ao menos garante um respiro para decidir seu futuro longe do Rio de Janeiro.

Contra um Libertad que sabidamente iria se defender, Cristóvão Borges foi de três atacantes. Não deu certo: Éder Luís e William Barbio atuaram presos pelas pontas. Foram bem marcados por Bonet e Samudio. Com o veterano Felipe de único meia, Alecsandro praticamente não foi abastecido. Para piorar as coisas, o time paraguaio era extremamente traiçoeiro nos contra-golpes. O meia-atacante Civelli, alto e habilidoso, era sempre um temor quando pegava na bola.

A situação mudou a partir das alterações promovidas pelo técnico vascaíno no intervalo. Com Juninho Pernambucano no lugar de Éder Luís, o Vasco teve mais criação de jogadas. Barbio ganhou liberdade para se movimentar por todos os lados, enganando a marcação. Cristóvão não entrou com este time por temer um meio muito envelhecido, mas o fato é que o Vasco só ganhou quando teve os dois juntos. O primeiro gol foi de Juninho, notando um posicionamento adiantado do goleiro que só os craques enxergam.

O Libertad sentiu o gol. O 2 a 0, feito por Alecsandro na pequena área, foi consequência. E a partir daí, virou festa. O Vasco dominou o segundo tempo e podia até ter goleado. Barbio foi o destaque: habilidoso, rápido, voluntarioso e cumpridor taticamente, enlouqueceu Samudio à base de muita velocidade. Perdeu dois gols que merecia ter marcado. É um jogador de futuro, que precisa apenas melhorar o acabamento de suas jogadas para se tornar um ótimo segundo atacante.

O resultado garantiu a sobrevivência vascaína na Libertadores. A equipe tem os mesmos 7 pontos do Libertad, só que jogará contra Alianza Lima (3) e Nacional/URU (3) fora de casa, enquanto os paraguaios recebem estes mesmos rivais. Terça que vem, ambos jogam em Montevidéu. Um empate cairá maravilhosamente bem. Tudo por conta daquela derrota para os uruguaios na estreia, em pleno São Januário. A Libertadores, ainda mais em grupos como este, não permite vacilos.

Em tempo:
- Vasco ou Olaria? Que coisa lamentável esses uniformes que descaracterizam os clubes.

Taça Libertadores da América 2012 - Primeira Fase - Grupo 5 - 4ª rodada
21/março/2012
VASCO 2 x LIBERTAD 0
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Público: 15.799
Renda: R$ 588.725,00
Gols: Juninho Pernambucano 8 e Alecsandro 17 do 2º
Cartão amarelo: Thiago Feltri, Benegas, Civelli e Menendez
VASCO: Fernando Prass (6), Fagner (5,5), Renato Silva (5,5), Dedé (6,5) e Thiago Feltri (6); Eduardo Costa (4,5) (Allan, intervalo - 6), Rômulo (5) e Felipe (5,5) (Fellipe Bastos, 32 do 2º - 5,5); William Barbio (7), Alecsandro (6) e Éder Luís (5,5) (Juninho Pernambucano, intervalo - 7). Técnico: Cristóvão Borges (6)
LIBERTAD: Muñoz (5), Bonet (5), Benegas (5,5), Bizera (5) e Samudio (4,5); Cáceres (5,5), Ayala (5) (Melgarejo, 31 do 2º - sem nota), Aquino (4,5) e Civelli (6) (Camacho, 31 do 2º - sem nota); Gamarra (5,5) (Velázquez, 21 do 2º - 4,5) e Menendez (4,5). Técnico: Jorge Burruchaga (4,5)


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