Os caminhos da Libertadores

Quando a FIFA resolveu expandir a Copa do Mundo para angariar votos do máximo de confederações possível, inchou o torneio de seleções fracas e piorou o nível técnico de sua primeira fase. A Conmebol fez isso com a Libertadores no começo da década passada, embora o torneio também tenha mais times bons, já que há mais brasileiros e argentinos jogando. De 2011 para cá, no entanto, mais uma aberração populista: tornar cabeças-de-chave times de países como Bolívia e Colômbia, quando sabidamente os de Brasil e Argentina são superiores e, por critério técnico, deveriam chefiar as chaves, até para que haja equilíbrio de forças entre elas. O critério é tão absurdo que um time como o Aurora, que levou 8 a 3 do Vasco na Sul-Americana, pode ser cabeça-de-chave, e a LDU, força do futebol continental, não.

Feita a crítica, vamos à análise - o que é difícil, pois muitos times ainda são imaginários, hipotéticos. O Santos enfrentará o quinto colocado do Brasileirão - hoje o Figueirense, caso passe pelo colombiano da pré-Libertadores, mais o campeão peruano (Alianza Lima é o favorito) e o próximo campeão boliviano. Chave não muito complexa, embora um duelo doméstico não seja exatamente uma boa notícia. A vaga do vice-campeão brasileiro, que ficará provavelmente com o Fluminense, caiu no grupo do Boca Juniors, que será o campeão argentino deste semestre. Não será fácil. Até porque, embora o Zamora da Venezuela seja o outro rival, há o vencedor de um duelos preliminares, que pode ser outro argentino, o Arsenal Sarandí.

Outro jogo que chama a atenção, além do quase certo Flu x Boca, é Vasco x Nacional, este confirmado. Além deles, um time peruano e o vencedor entre um paraguaio e outro equatoriano comporão a chave. O Corinthians, que deve ocupar a vaga de campeão brasileiro (mesmo que seja vice, o Vasco já tem a da Copa do Brasil), pegará o Deportivo Táchira, o Cruz Azul e, talvez, o Libertad. Longe de ser fácil.

Por fim, a terceira vaga via Brasileirão, que hoje seria do Inter (4º colocado), enfrentará na Pré-Libertadores provavelmente o Real Potosí, numa altitude de 4 mil metros na Bolívia. Passando, entra na chave com o Nacional/PAR (quase certo como melhor paraguaio do ano), Lanús (por enquanto, melhor índice técnico na Argentina), e o vice-campeão equatoriano (Emelec ou Deportivo Quito, rivais do Colorado na campanha do bi, em 2010).

Os caminhos do Gauchão
Divulgada a tabela do Gauchão 2012, ainda há pontos obscuros. Em princípio, o Gre-Nal está marcado para Porto Alegre. Será dia 5 de fevereiro, provavelmente no Olímpico. Enfim, a FGF deixa de lado a neutralidade às avessas dos últimos anos, onde quem jogava como mandante perdia este direito por conta do campo neutro e atuava apenas seis vezes de fato em sua cancha, contra oito do rival.

Outro ponto interessante é que, desta vez, a Dupla viajará uma quilometragem equivalente, ao contrário de 2011, por exemplo, onde o Grêmio viajou mais que o dobro do Inter. Os gremistas percorrerão 1.994 km, contra 2.101 dos colorados. Outra novidade: o Grêmio não irá duas vezes a Santa Cruz do Sul, como tem sido praxe. Receberá os dois times da cidade, enquanto o Inter viaja até lá duas vezes. Não entendo porque não viajar uma vez cada e receber o outro time no turno seguinte.

O Grêmio abre sua participação no sábado, 21 de janeiro, contra o Lajeadense. O jogo será no Olímpico, no horrendo horário das 21h. O Inter começa visitando o Avenida no domingo, 22, às 17h. As finais serão dias 6 e 13 de maio.

Sábado, 26 de novembro
É a primeira vez pós-Batalha dos Aflitos que o 26/11 cai num sábado. Coincidentemente, hoje acaba a Série B, como em 2005. E o Náutico joga um duelo direto em seu estádio. Desta vez, porém, é bem mais tranquilo: já garantido na Série A, o Timbu luta para ser vice-campeão. Basta empatar com a Ponte Preta, terceira colocada. A rodada será bem mais dramática para seu rival, o Sport, que precisa vencer o rebaixado Vila Nova em Goiânia para confirmar a promoção.

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