Com Messi, um resultado vital para a Argentina

Para quem sempre cobra de Messi, cabe agora o elogio. A Argentina precisava demais da vitória, e a alcançou graças a ele. O jogo contra a Colômbia, tradicional algoz albiceleste, era, sim, decisivo. Não que fosse tirar a seleção de Sabella da Copa 2014, pois ainda é cedo. Mas uma derrota, além de aumentar uma crise que parece não ter fim, poderia deixar a seleção fora da zona de classificação ao Mundial nesta virada de ano. Com o 2 a 1, termina 2011 ao lado do Uruguai na liderança.

Alejandro Sabella ainda está descobrindo seu time. Errou na escalação inicial, mas é próprio de quem está ainda conhecendo com quem poderá contar. É óbvio que Agüero não pode ser reserva. Mais óbvio ainda é saber que um meio-campo com quatro volantes (Braña, Mascherano, Sosa e Guiñazu) jamais funcionará, nem mesmo para segurar resultado. A albiceleste até começou com maior posse de bola, mas logo a Colômbia passou a dominar o jogo. Fez o suficiente para terminar o primeiro tempo na frente, num gol de falta que contou com o azar do desvio de Mascherano.

A providência de Sabella não foi atirar seu time para frente no segundo tempo. Foi, simplesmente, torná-lo equilibrado. Com Agüero no lugar de Guiñazu (Mascherano não saiu, dizem os argentinos, só por causa de seu nome), a Argentina reagiu. E Messi, enfim, teve com quem jogar. Foi ele quem empatou, aos 15 minutos. E quem fez a jogada do gol da virada, de Agüero, o que não poderia ter começado no banco: 2 a 1 Argentina, aos 39. Não daria para a Colômbia reagir.

Foi uma vitória importantíssima. Não apenas pelo resultado que coloca a Argentina com a mesma pontuação do Uruguai, mas porque dá um astral mais tranquilo para o começo do trabalho no importantíssimo 2012 que vem por aí. E, melhor ainda, porque Sabella já tem pistas de como poderá ser seu time. Um meio reforçado, com Agüero, Messi e Higuaín como tridente ofensivo. Para um técnico conhecido por insistir em ideias e repetições de escalação, não é nada mau.

Melhores do mundo
O líder das Eliminatórias manteve a liderança mesmo sem atuar. Na verdade, o Uruguai até jogou, mas não pelos jogos de qualificação à Copa: foi a Roma sem Suárez e Forlán e mesmo assim venceu a renovada seleção da Itália por 1 a 0, gol de Fernández. É bom salientar que os italianos em nada lembram a equipe decadente do Mundial 2010: fizeram ótima Eliminatória para a Euro e vêm em ascensão, com equipe renovada. Excelente resultado uruguaio, ainda que o time da casa fizesse por merecer um empate.

Outra seleção que, a exemplo do Uruguai, está entre as três melhores do mundo é a Alemanha. Fez ainda mais que a Celeste: goleou a Holanda por 3 a 0 em Hamburgo com uma facilidade impressionante e assustadora. Klose, Müller, Özil, todos jogando muito, como na Copa da África do Sul. O terceiro gol, com linha de passe na pequena área holandesa, foi uma obra de arte.

E a outra equipe que compõe o grupo das três melhores do planeta? Bueno, a campeã do mundo, Espanha, empatou em 2 a 2 com a Costa Rica. Acontece até com os grandes, especialmente quando desdenham. E os costa-riquenhos venciam por 2 a 0...

Euro definida
Com as classificações de Croácia, República Tcheca, Irlanda e Portugal (6 a 2 na Bósnia, com show de Cristiano Ronaldo), a Eurocopa 2012 já tem seus 16 participantes definidos. Além dos quatro que passaram pela repescagem e dos países-sede Ucrânia e Polônia, jogarão o torneio Alemanha, Rússia, Itália, França, Holanda, Suécia, Grécia, Inglaterra, Dinamarca e Espanha.

Enfim, uma boa nova
O Grêmio, enfim, contrata Kleber. Para acalmar os ânimos do Cruzeiro, que queria compensação, o tricolor despeja Gílson para a Toca da Raposa. Talvez o Brasileirão razoável que ele faz pelo América/MG tenha convencido os dirigentes mineiros. Aliás, reforço com cara de Série B. Se não para jogá-la, para cair ano que vem.

Rivalidade
Corintianos torcendo para o Palmeiras hoje à noite? Enfim, só há duas certezas sobre a rodada desta quarta: 1) se der Vasco, não faltará quem acuse os palmeirenses de terem entregado o jogo; 2) Avaí x Cruzeiro é um jogo simplesmente imperdível. E nervoso.


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