Sem maiores surpresas

Os dois jogos de sábado pelo Brasileirão não trouxeram lá grandes surpresas. É daquelas rodadas que pouco ou nenhum peso tem na classificação final de algum bolão de apostas, já que quase todo mundo deve ter marcado vitória do Flamengo contra o Ceará e do Figueirense contra o América-MG. Mas os resultados, embora quase óbvios, pesam consideravelmente no jogo de balanças que vai, aos poucos, definindo a classificação final do campeonato.
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Para o Flamengo, por exemplo, vencer o Ceará no Presidente Vargas era inadiável, caso quisesse sonhar com título. Venceu por 1 a 0, sem brilhantismo (o único gol foi de Deivid, de cabeça, aos 40mins da primeira etapa), mas cumprindo seu papel. Encosta nos líderes Corinthians e Vasco - algo muito significativo, ainda que eles estejam com uma partida a menos e superem o Flamengo nos critérios de desempate. Problema é que na próxima rodada o time carioca vai sem Ronaldinho Gaúcho, expulso junto com o cearense Heleno por estranhamento mútuo, e Thiago Neves, com terceiro cartão. Dificuldades para o confronto contra o Santos, no Engenhão, onde vencer é novamente uma imposição das circunstâncias.
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E se a derrota recém relatada no parágrafo anterior dá ao Ceará o questionável privilégio de poder entrar no Z-4 ainda nesta rodada, o América-MG pegou a ficha e não pretende largá-la antes de garantir a chegada na Série B. Vencia o Figueirense fora de casa até a metade do segundo tempo - algo de suma importância para qualquer equipe que tenha trocado alianças com o rebaixamento e não saiba o que fazer para livrar-se do indesejado matrimônio. Mas o Figueirense virou o jogo no finzinho, e o 2 a 1 fecha o laço no pescoço do coelho, enquanto o carrasco esfrega as mãos à beira do cadafalso. Para o Figueira, vencer o agonizante time mineiro não chega a ser um orgulho (mesmo porque teve óbvias dificuldades para fazê-lo), mas deixa o time catarinense momentaneamente mais próximo da zona de Libertadores, o que já alimenta até alguns delírios de febre em sua torcida.

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