A noite do Fluminense

A noite não tem nada mais decisivo que Fluminense x América/MEX, no Engenhão. Ali se decidirá a vida do campeão brasileiro nesta Libertadores. O Flu só se manterá vivo na competição vencendo. Na verdade, somente com três vitórias nos três jogos restantes é que o Tricolor pode falar com segurança em classificação.

O jogo aumenta em tensão pelo clima das Laranjeiras (Enderson Moreira será o interino, enquanto Joel é especulado) e pela situação desesperadora do time na tabela. Sem vitórias ainda na competição, o Fluminense joga sua última partida da fase em casa. Pode ser a despedida do torcedor carioca desta Libertadores. Possibilidade trágica, mas bem provável.

Leandro Euzébio e Carlinhos não jogam, dando lugar a Digão e Júlio César. Pelo que vêm fazendo, é uma perda. Sem Marquinho, Enderson investirá em Souza, que trará maior movimentação à meia-cancha. A lentidão do time é realmente assustadora, bem como a falta de conclusões, seja de perto ou longe. Souza pode resolver ambos os problemas, caso esteja bem física e tecnicamente.

Mudanças demais
Um Inter muito mudado enfrentará o São José. Estamos em 23 de março e ainda não se viu, de fato, o time titular do Colorado jogar em 2011. Não será desta vez. Roth não poupará ninguém por frescura; não os escalará por necessidade. Apenas Nei e Kleber poderiam atuar, mas, como se recuperam de contusão, achou-se melhor preservá-los da grama sintética do Passo d'Areia.

Será uma noite para conferir Cavenaghi, mais uma vez. Rafael Sobis, de meia, sofrerá nova agressão tática de Celso Roth. Sua colocação fora do ataque ganha ainda mais motivos na cabeça rothiana por conta da lesão de Zé Roberto, que faz precisamente esta função. Não jogarão, de titulares, Nei, Bolívar, Kleber, Bolatti, Tinga, D'Alessandro e Leandro Damião. Praticamente um time reserva, portanto.

E nem mesmo o jogo com o Jorge Wilstermann do dia 30, ao mesmo tempo do show de Ozzy Osbourne, será motivo para que o time não entre com o que tem de melhor, sábado, contra o São Luiz. Ou então começaremos a entrar no terreno da super-proteção, que só retira ritmo de jogo e não ajuda em nada os atletas e a mecânica da equipe.

Comentários

vine disse…
O Mazembe e os gremistas agradecem gentilmente essa super-proteção do grupo colorado...
Lourenço disse…
Já disse uma vez em um Carta na Mesa, em um outro contexto, em um outro clube, em um outro ano: a cara do Roth é entregar jogos para preservar jogadores em prol de uma competição na qual ele provavelmente nem será mais técnico.