O Grêmio contra os uruguaios na Libertadores

1982: logo em sua primeira Libertadores, o Grêmio caiu num grupo com o São Paulo e dois uruguaios: Peñarol e Defensor. O Tricolor acabou em 3º lugar, quando somente o líder da chave passava. Contra o Defensor, empate de 0 a 0 no Uruguai e derrota por 2 a 1 no Olímpico; contra o Peñarol, que viria a ser campeão da América e do Mundo naquele ano, derrota por 1 a 0 em Montevidéu e vitória de 3 a 1 em Porto Alegre - a única sofrida por aquele supertime em toda a Libertadores.

1983: o mais famoso dos confrontos. Na final, contra o mesmo Peñarol que ganhou o planeta em 1982, o Grêmio conquistou pela primeira vez o maior título continental. No Centenário, Tita abriu o placar, mas os uruguaios empataram. No Olímpico, quem vencesse era campeão, e novo empate forçaria jogo extra. Caio fez 1 a 0 cedo, o artilheiro Morena empatou aos 25 do segundo tempo. Quando os uruguaios pressionavam em busca da virada, César marcou numa emblemática cabeçada o gol do título sul-americano para o Grêmio.

1998: nas oitavas de final, o Grêmio enfrentou o Nacional. No Centenário, os uruguaios saíram à frente, mas o centroavante Guilherme empatou: 1 a 1. No Olímpico, numa quarta à tarde, um passeio: ainda no primeiro tempo os gaúchos enfiaram 4 a 0 nos uruguaios, gols de Guilherme, Roger, Tinga e Goiano, matando o confronto.

2002: novamente confronto com o Nacional, agora nas quartas. Após despachar com autoridade o River Plate, o Grêmio entrou como favorito. No Olímpico, jogo muito complicado, 0 a 0 que se arrastava. Aos 32 do segundo tempo, Fábio Baiano e Rodrigo Fabri entraram e um minuto depois fizeram a jogada do gol gremista, marcado por Fabri. Em Montevidéu, Chengue Morales fez 1 a 0 para o Nacional. O Grêmio empatou no segundo tempo, gol do zagueiro Claudiomiro. Sem TV (a PSN falira e era quem tinha o direito das transmissões), os gremistas viveram momentos terríveis ao rádio, com absurda pressão uruguaia, mas sustentaram o 1 a 1 e rumaram às semifinais.

2003: o uruguaio da vez foi o Peñarol, na primeira fase. Na segunda rodada, o Grêmio vencia pela primeira vez em Montevidéu, 2 a 0, mas cedeu o empate levando dois gols após os 40 minutos do segundo tempo. No Olímpico, no penúltimo jogo, goleada de 4 a 1, bela atuação e classificação antecipada às oitavas.

2007: outro confronto memorável pelas quartas de final, contra o Defensor. No Centenário, com menos de um minuto, os violetas venciam, gol de Sorondo. O jogo acabou 2 a 0. No Olímpico, o Tricolor devolveu o placar, gols de Tcheco e Teco, e se classificou às semifinais numa dramática decisão por pênaltis.

Portanto, embora nunca tenha vencido em solo uruguaio, o Grêmio ostenta o retrospecto de jamais ter sido eliminado por uma equipe charrua em mata-matas de Libertadores. Foram quatro duelos, quatro sucessos. No total, 14 jogos, com 6 vitórias, 5 empates e 3 derrotas.

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