Rodada "não"

Loco Abreu, destaque do Botafogo em Sete Lagoas

Poucas rodadas do Campeonato Brasileiro foram piores para o Grêmio que esta 32ª. Deixou de pontuar num jogo onde merecia melhor sorte e ainda viu todos os seus rivais diretos vencerem, à exceção do Corinthians (3º, 54). O resultado é a queda para a 9ª posição, ainda com 47 pontos, a mesma de São Paulo e Atlético/PR, que estão à sua frente, e Palmeiras, atrás.

A vaga na Libertadores ficou mais complicada por dois motivos: o primeiro é a distância de 7 pontos que separa o Tricolor do Corinthians. Faltando seis rodadas para o fim, é quase impossível supor que será tirada. É mais de um ponto por jogo. O negócio mesmo é torcer para que algum brasileiro não vença a Sul-Americana e tirar os 4 pontinhos para o Botafogo, que vem crescendo e ganhou a segunda seguida, após oito empates. Contra o time carioca, há jogo aqui no Olímpico, na última rodada. É chegar vivo até lá.

Há que se considerar também a reação do São Paulo, que parecia esfacelado naqueles 4 a 2 sofridos aqui em 29 de setembro, mas já está à frente do Grêmio pelo número de vitórias. A tabela, no entanto, é ingrata para os homens de Carpegiani: Cruzeiro, Corinthians e Fluminense ainda enfrentarão o tricolor, que pode decidir o título por vias tortas. Além disso, há o Vasco em São Januário e dois desesperados nas rodadas finais: Atlético/GO e Atlético/MG. O time gaúcho terá agora Goiás e Ceará, o jogo dificílimo com o Santos e, a seguir, dois adversários diretos no Olímpico (Atlético/PR e Botafogo), além do Guarani fora. É bem mais brando, embora não uma barbada.

O complicado disso tudo é que o próprio Fogão terá caminho mais brando. Difícil, mesmo só Grêmio e Inter nas últimas rodadas. O resto é um festival de confrontos contra equipes da ponta de baixo.

Sete Lagoas: 17 mil pessoas lotaram a Arena Jacaré para verem a volta do Atlético/MG (17º, 34) à zona de rebaixamento. Destaque para Abreu, que fez um gol e a jogada para outro, fazendo do preguiçoso Edno um goleador também.

Presidente Prudente: um golaço de Léo abriu a esperada vitória do Cruzeiro (2º, 57) sobre o Prudente (20º, 24), interrompendo a série recente de duas derrotas dos mineiros. Um dos menores públicos do Brasileiro: 1,8 mil.

Salvador: o Vitória (14º, 37) triturou o Vasco (12º, 42) do jeito que precisava: Barradão lotado (31 mil) e resultado definido no primeiro tempo. A fuga da zona do rebaixamento era fundamental nestas circunstâncias, e os resultados paralelos ajudaram.

Barueri: desliguei a TV quando estava 2 a 0, lá pelos 30 e tantos do segundo tempo. Fiquei surpreso ao saber que havia sido 3 a 2 para o Palmeiras (10º, 47). Resultado terrível para o Goiás (19º, 31) quatro pontos distante da salvação numa altura complicada do Brasileirão. 6 mil pessoas.

Florianópolis: em confronto direto contra a degola, o Guarani (16º, 35) confirma sua despencada e só não entrou na zona do rebaixamento porque o Galo perdeu. O 1 a 0 mantém o Avaí (18º, 33) na zona do rebaixamento, mas a boa atuação em Goiânia pela Sul-Americana sugere possibilidade de mudança de ares. 11 mil na Ressacada.

A rodada teve média de 14,2 mil pessoas, e o campeonato tem 15 mil de média de público.

Série B: o Coritiba (1º, 60) perdeu por 3 a 1 para o São Caetano (10º, 44), mas segue tranquilo. Isto porque o Figueirense (3º, 56) segurou o Sport (5º, 51) no Orlando Scarpelli, 0 a 0. Coxa e Bahia (2º, 58) estão com um pé na Série A de 2011.

Foto: Carlos Roberto/Gazeta Press.

Comentários

vine disse…
Todo mundo viajando no feriado então?
Vou ligar pro SAC reclamando... aheauhauha
Vicente Fonseca disse…
Calma, tchê. Calma!

hehe