Domingo de ouro do rádio

Uma tarde daquelas históricas, de correlação entre as mais diversas praças futebolísticas do País. Uma tarde que reafirmará o radinho de pilha como o mais moderno e necessário equipamento possível para quem estará nos estádios.

Três dos quatro postulantes ao título jogarão fora de casa. Nenhum deles, porém, terá torcida muito menor que o mandante. O São Paulo terá 4 mil torcedores, pelo menos, no Serra Dourada, e os goianos estão desinteressados do campeonato; o Inter lotará seu espaço numa Ilha do Retiro que deverá estar deserta de rubro-negros rebaixados; o Flamengo sim, poderá ter menos torcedores que o Corinthians no Moisés Lucarelli. Mas a proximidade da cidade com o Rio de Janeiro certamente levará um imenso contingente de cariocas. O Palmeiras, que joga em casa, é o que tem o compromisso mais difícil. É um olho na raposa e outro no feno: se vencer, encosta nos líderes e disputa o título até a última rodada; se empatar ou perder, pode até ficar de fora da Libertadores. Tudo porque o Cruzeiro recebe o ainda ameaçado Coritiba, e se vencer sobe aos mesmos 59 pontos do Verdão.

E não apenas na briga de cima há interesses. Se pela ponta e pela Libertadores cinco estádios estarão interligados, embaixo outros quatro estarão sob constante vigilância. O Mineirão, que tem a atenção dos rivais do Cruzeiro, terá também dos adversários do Coxa, que se perder (e o time de Adílson tem favoritismo) entra na rodada final sob sério risco. No Maracanã, o Fluminense precisa esquecer a LDU e bater o Vitória. A torcida tricolor já deu seu recado de apoio incondicional ao time lotando o aeroporto na chegada após o fiasco de Quito. O time baiano, com derrota, pode entrar domingo que vem com risco de cair ainda. Já Santo André x Náutico define quem cai hoje e quem cai domingo que vem. E Atlético-PR x Botafogo é o mais dramático de todos. A derrota significa por um pé na cova e o empate não é muito mais que isso.

Olímpico
Os dois atrativos de Grêmio x Barueri são a despedida de Tcheco da torcida tricolor e a possibilidade de o time gaúcho fechar o ano invicto em casa - um fato histórico, fantástico, até hoje não igualado por clube algum na era dos pontos corridos. Não compensaria a frustração pelos títulos perdidos no ano, mas certamente serviria de alento num período de carência. De resto, o interesse dos gremistas ficará em secar o rival colorado. E ninguém será capaz de negar.

Série B
No exato momento em que esta coluna entra no ar, estou em Farroupilha. O texto foi escrito antes, obviamente, pela impossibilidade de acesso a computador neste período. O estranho é que estarei pertíssimo do Juventude, mas ao mesmo completamente distante do que está acontecendo com o Papo. Afinal, tive um casamento em Caxias do Sul neste sábado à noite, e não pude acompanhar o jogo contra o Guarani. Torço, sinceramente, para que tenha se salvado. Pelo bem do futebol gaúcho.

Errata (16:35): o jogo Corinthians x Flamengo será no Brinco de Ouro da Princesa, e não no Moisés Lucarelli.

Comentários

Little Potato disse…
Passando só pra avisar que tudo correu bem com o Juventude...
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Gabiru Eterno !
Lourenço disse…
Mabília vive.
Vicente Fonseca disse…
Consegui ver grande parte do jogo. Esse Gabiru é o verdadeiro anticristo. Sem mais.
vine disse…
Que coincidência, eu também tava num casamento em Caxias do Sul...

E o que será agora do Juventude?