Liderança frustrada

O Atlético-MG perdeu gols e, com eles, a chance de assumir provisoriamente a liderança do Campeonato Brasileiro. O empate em 0 a 0 no Mineirão de 24 mil torcedores foi, ao menos do que vi no primeiro tempo, um bom jogo. O Santo André, ao menos neste começo, parece ser o pequeno paulista que tem chances de se manter na elite. Marcelinho Carioca participa pouco, mas o faz bem; Fernando segue limpando os trilhos com eficiência; Nunes é um centroavante forte, de parede e retenção de bola.

O Coritiba foi patético, levou 3 a 1 do Goiás em casa (11 mil). Ele e seu rival, Atlético-PR, são os dois piores times deste começo de campeonato. No Engenhão de 9 mil pessoas, o Botafogo reestreou Lúcio Flávio e soube buscar o que era uma derrota de 2 a 0 para um 2 a 2 que, se não passa nem perto de ser bom resultado, ao menos marca o início de, quem sabe, uma reação. Lúcio Flávio teve reestreia apenas discreta. E falta muito, ainda.

Série B
O Vasco perdeu a primeira, 3 a 1 para o Paraná. Levou os reservas a Curitiba e sofreu as consequências. Chama a atenção o bom começo do Ipatinga, que é vice-líder: 5 a 1 no Campinense. E o Juventude perdeu outra: 2 a 0 para o Brasiliense, outro que aparece na zona de Série A. Se não começar a recuperação, o alviverde caxiense habitará em breve a zona de rebaixamento da tabela.

Kaká
Jornais espanhóis dão como certa sua transferência para o Real Madrid, por R$ 167 milhões. Este jogo que ele disputa neste exato momento (está passando na ESPN Brasil), contra a Fiorentina, seria o último de sua era no Milan. Ainda tenho sérias dúvidas, mas, se for verdade, o Milan estará se renovando da pior forma possível: vendendo sua maior liderança, ainda jovem, e mantendo outros medalhões que não conseguem correr tanto.

França
Acabou a era do Lyon. O nono título consecutivo foi frustrado. O Bordeaux fez 1 a 0 no Caen e chegou aos 80 pontos, contra 77 do Olympique e 70 do clube de Juninho Pernambucano. Detalhe que o autor do gol do título jogou no Caen, e se diz torcedor do clube. Não comemorou o gol e tampouco o título nacional, para consolar os jogadores do Caen, que caiu para a segunda divisão com a derrota. Demonstrava uma sincera e visível tristeza no olhar. Acho que desde Oswaldo Rolla, o Foguinho, o futebol não via algo parecido. Eu, ao menos, nunca vi.

Foto: Pedro Vilela/Agência Estado

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