Chicó joga a vida; Grêmio, a qualidade de vida

Os colombianos tratam a tarefa de hoje à noite muito complicada. Na verdade, dois resultados complicaram muito a situação da equipe de Tunja: a derrota em casa para o Grêmio e, principalmente, a goleada sofrida em Santiago. Tivesse feito 1 pontinho em um desses jogos, entraria em campo hoje à noite podendo, quem sabe, até perder por diferença pequena. Mas não: a Universidad de Chile enfrenta o Aurora na Bolívia, que será quase um campo neutro, já que a torcida do time de Cochabamba não deverá comparecer, pela péssima campanha do time. Não bastasse esta dificuldade de ter possivelmente que vencer hoje, vem a Porto Alegre com uma delegação de 15 apenas jogadores. Os dez outros estão suspensos ou machucados. Teve ainda seu material esportivo extraviado, problema prosaico. A reza do grupo ontem no gramado do Olímpico, que estampa as páginas dos jornais daqui, tem sua razão de ser.

O Grêmio, por outro lado, vive situação extremamente oposta, o que não quer dizer que não entre em clima de decisão. Já classificado e líder da chave, joga pela liderança geral da competição, que lhe garantiria vantagens de decidir em Porto Alegre todos os confrontos de mata-mata. Para quem historicamente sabe fazer valer o fator local em competições deste tipo, pode ser um aliado e tanto. Além disso, a melhor campanha faria o time da Azenha evitar confrontos mais ríspidos logo nas oitavas, como Colo Colo, Palmeiras ou Estudiantes.

A volta de Ruy à lateral-direita é um acréscimo muito importante. Rospide sinaliza com o banco para Alex Mineiro, recuperado de lesão. Maxi López, que aproveitou muito bem as duas chances que teve como titular do ataque, ganha merecidamente a posição ao lado de Jonas, artilheiro do time em 2009. Com isso, o Grêmio ganha um dos principais artilheiros brasileiros em 2008 no banco, ao lado de Herrera, que não vem bem, mas é bom jogador e costuma dar resposta ao entrar no segundo tempo.

Nota-se que não é apenas o clima que melhorou após a saída de Celso Roth. Estas duas semanas de treinamento recondicionaram titulares e importantes jogadores, e aí há maior qualidade disponível no banco. Talvez estes 15 dias possam ser o diferencial gremista na Libertadores lá adiante, como foi aquele humilhante abril de 2008 em relação ao Campeonato Brasileiro. Agora, não haverá mais chance para tal. Semana que vem há jogo, no fim-de-semana seguinte é o início do certame nacional.

Tudo, claro, fica mais fácil se a vitória vier hoje. Se não, recomeçam as desconfianças e os pontos de interrogação, que podem ser positivos, mas não agora, hora de decisões importantes.

Comentários

Aquele que não é ouvido disse…
Exceção feita ao grupo do Palmeiras, atualmente padecendo da gripe do Leão Pernambucano, vamos combinar que a Libertadores ainda não começou.
Então, já tendo desdenhado a competição imparcialmente, vou falar de outra tão importante quanto: com Alex na zaga dos blues, o Barça vai penar pra ganhar do Chelsea. Aquele monte de nanicos será atropelado em Chelsester.
A não ser que um certo anãozinho argentino puxe um daqueles contra-ataques mortais, e deixe aquele que é pior que o Obina na cara do gol. Aí quem sabe...