Classificado, maduro e copeiro
Para quem reclamava que o Grêmio contrariava sua biografia de ser eficiente e matar os jogos nas poucas chances que tinha, este jogo com a Universidad de Chile foi uma redenção. Ao contrário do jogo do Olímpico, na primeira rodada, o tricolor teve poucas chances, mas soube aproveitá-las. Jogando com inteligência, eficiência e muita maturidade, conseguiu sua terceira vitória fora de casa nesta Libertadores (igualando seu recorde, de 1983), 100% de aproveitamento longe do Olímpico. E garantiu, assim, não só a liderança e a vaga às oitavas, mas a própria tranquilidade para buscar o treinador que tanto busca.
Markarián escalou seu time num 3-5-2 que por vezes era 3-4-3, quando Cuevas saía de sua função de armação para cair pelas duas pontas. Com marcação desde a saída de bola adversária, exercida primordialmente por Maxi López, o Grêmio impediu a pressão inicial que o time chileno tentou impor. Houve algumas chances, porém. Hernández obrigou Victor a grande defesa; Léo quase deu um gol a Cuevas ao chutar a bola em suas pernas, dando na trave; Estrada bateu falta para fora, de muito longe. Mas estas situações não foram criadas na base da pressão, e sim por situações normais de jogo. O tricolor tinha suas chegadas também, nenhuma com grande contundência, porém.
O primeiro gol veio aos 32, num momento equilibrado do jogo, onde o Grêmio já podia dizer que controlava a partida. Jonas desviou bola parada de Souza no travessão, e Léo pegou o rebote. A Universidad ganhou nervosismo, sentiu o gol. Algumas bobeadas da zaga gaúcha eram um problema, porém.
No segundo tempo, talvez pela atitude mais agressiva de La U, talvez por instrução de vestiário, o Grêmio ficou demasiadamente recuado perante a correria chilena. Cuevas era agora atacante, revezando-se com Hernández às costas de Makelele e Fábio Santos, dando muito trabalho a Adílson na cobertura e causando muitos transtornos ao trio de zagueiros, que se perdia por momentos, inclusive na bola aérea. Victor já fizera duas belas defesas, o gol chileno parecia perto. Aí, veio a mística gremista que todos reclamavam nos jogos anteriores: Souza puxou contra-ataque, deu a Maxi López com maestria e o argentino, que veste a emblemática camisa 16 do Grêmio, fez seu segundo gol em dois jogos na Libertadores, mostrando boa colocação e oportunismo. O 2 a 0 matou a Universidad, que se perdeu. O Estádio Nacional só não se calou porque o fanatismo dos torcedores é fantástico.
Atuação nada brilhante, mas muito convincente, assim como o resultado. Mesmo com um jogo a mais que Boca Juniors e Nacional, o Grêmio é o time que tem a melhor pontuação dentro da Libertadores. Apesar de algumas atuações pontuais problemáticas, vários destaques. Victor e Souza foram os dois melhores em campo. Maxi López, além do gol, teve importante participação na marcação aos zagueiros e em tabelamentos, mostrando que deve ter garantido sua titularidade pelas duas promissoras atuações nos jogos em que teve chance. Tcheco, mesmo sem ser brilhante, mostrou mais uma vez ser o mais importante jogador do time. Cava faltas quando quer, raramente erra passes, dá o ritmo do jogo, tem muita maturidade e grande leitura da partida. Adílson fez ótimo segundo tempo, com muitas antecipações corretas.
Grande resultado, no jogo mais complicado e difícil do Grêmio até aqui na Libertadores. Claro que houve problemas a serem corrigidos, mas é preciso valorizar a vitória, que não foi pequena nem fácil. Contra um adversário mediano, seguramente o segundo melhor do grupo, num estádio tradicional e quase lotado, uma vitória imponente, com muita eficiência. Copeira, diriam aqueles gremistas saudosos de jogos como o desta noite, onde o time cria só o necessário, mas traz uma grande vitória a Porto Alegre.
Taça Libertadores da América 2009 - Primeira Fase - Grupo 7 - 5ª rodada
15/abril/2009
UNIVERSIDAD DE CHILE 0 x GRÊMIO 2
Local: Nacional, Santiago (CHI)
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Público: 33.140
Gols: Léo 31 do 1º; Maxi López 20 do 2º
Cartão amarelo: Léo, Réver, Makelele, Tcheco, Thiego e Adílson
Expulsão: Olivera 26 do 2º
UNIVERSIDAD DE CHILE: Pinto (5), Diaz (5), Olarra (5) e Rojas (5,5); González (6), Estrada (6), Iturra (5), Cuevas (5,5) (Gomez, 19 do 2º - 4,5) e Contreras (5,5); Hernández (5,5) (Villalobos, 27 do 2º - 4,5) e Olivera (4,5). Técnico: Sergio Markarián (5,5)
GRÊMIO: Victor (7,5), Léo (6) (Thiego, 19 do 2º - 5,5), Rafael Marques (5) e Réver (5); Makelele (5), Adílson (6,5), Tcheco (6), Souza (7,5) e Fábio Santos (5); Jonas (5,5) (Herrera, 25 do 2º - 4,5) e Maxi López (7) (Orteman, 43 do 2º - sem nota). Técnico: Marcelo Rospide (6,5)
Markarián escalou seu time num 3-5-2 que por vezes era 3-4-3, quando Cuevas saía de sua função de armação para cair pelas duas pontas. Com marcação desde a saída de bola adversária, exercida primordialmente por Maxi López, o Grêmio impediu a pressão inicial que o time chileno tentou impor. Houve algumas chances, porém. Hernández obrigou Victor a grande defesa; Léo quase deu um gol a Cuevas ao chutar a bola em suas pernas, dando na trave; Estrada bateu falta para fora, de muito longe. Mas estas situações não foram criadas na base da pressão, e sim por situações normais de jogo. O tricolor tinha suas chegadas também, nenhuma com grande contundência, porém.
O primeiro gol veio aos 32, num momento equilibrado do jogo, onde o Grêmio já podia dizer que controlava a partida. Jonas desviou bola parada de Souza no travessão, e Léo pegou o rebote. A Universidad ganhou nervosismo, sentiu o gol. Algumas bobeadas da zaga gaúcha eram um problema, porém.
No segundo tempo, talvez pela atitude mais agressiva de La U, talvez por instrução de vestiário, o Grêmio ficou demasiadamente recuado perante a correria chilena. Cuevas era agora atacante, revezando-se com Hernández às costas de Makelele e Fábio Santos, dando muito trabalho a Adílson na cobertura e causando muitos transtornos ao trio de zagueiros, que se perdia por momentos, inclusive na bola aérea. Victor já fizera duas belas defesas, o gol chileno parecia perto. Aí, veio a mística gremista que todos reclamavam nos jogos anteriores: Souza puxou contra-ataque, deu a Maxi López com maestria e o argentino, que veste a emblemática camisa 16 do Grêmio, fez seu segundo gol em dois jogos na Libertadores, mostrando boa colocação e oportunismo. O 2 a 0 matou a Universidad, que se perdeu. O Estádio Nacional só não se calou porque o fanatismo dos torcedores é fantástico.
Atuação nada brilhante, mas muito convincente, assim como o resultado. Mesmo com um jogo a mais que Boca Juniors e Nacional, o Grêmio é o time que tem a melhor pontuação dentro da Libertadores. Apesar de algumas atuações pontuais problemáticas, vários destaques. Victor e Souza foram os dois melhores em campo. Maxi López, além do gol, teve importante participação na marcação aos zagueiros e em tabelamentos, mostrando que deve ter garantido sua titularidade pelas duas promissoras atuações nos jogos em que teve chance. Tcheco, mesmo sem ser brilhante, mostrou mais uma vez ser o mais importante jogador do time. Cava faltas quando quer, raramente erra passes, dá o ritmo do jogo, tem muita maturidade e grande leitura da partida. Adílson fez ótimo segundo tempo, com muitas antecipações corretas.
Grande resultado, no jogo mais complicado e difícil do Grêmio até aqui na Libertadores. Claro que houve problemas a serem corrigidos, mas é preciso valorizar a vitória, que não foi pequena nem fácil. Contra um adversário mediano, seguramente o segundo melhor do grupo, num estádio tradicional e quase lotado, uma vitória imponente, com muita eficiência. Copeira, diriam aqueles gremistas saudosos de jogos como o desta noite, onde o time cria só o necessário, mas traz uma grande vitória a Porto Alegre.
Taça Libertadores da América 2009 - Primeira Fase - Grupo 7 - 5ª rodada
15/abril/2009
UNIVERSIDAD DE CHILE 0 x GRÊMIO 2
Local: Nacional, Santiago (CHI)
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Público: 33.140
Gols: Léo 31 do 1º; Maxi López 20 do 2º
Cartão amarelo: Léo, Réver, Makelele, Tcheco, Thiego e Adílson
Expulsão: Olivera 26 do 2º
UNIVERSIDAD DE CHILE: Pinto (5), Diaz (5), Olarra (5) e Rojas (5,5); González (6), Estrada (6), Iturra (5), Cuevas (5,5) (Gomez, 19 do 2º - 4,5) e Contreras (5,5); Hernández (5,5) (Villalobos, 27 do 2º - 4,5) e Olivera (4,5). Técnico: Sergio Markarián (5,5)
GRÊMIO: Victor (7,5), Léo (6) (Thiego, 19 do 2º - 5,5), Rafael Marques (5) e Réver (5); Makelele (5), Adílson (6,5), Tcheco (6), Souza (7,5) e Fábio Santos (5); Jonas (5,5) (Herrera, 25 do 2º - 4,5) e Maxi López (7) (Orteman, 43 do 2º - sem nota). Técnico: Marcelo Rospide (6,5)
Foto: AFP
Comentários
Apesar de ter dito (e mantenho a palavra) que vi Maxi López no Barça e o achei a MAIOR PEREBA VIVA, sendo contra sua vinda ao Olímpico, não posso ir contra os fatos: ontem, ele ganhou a posição de centro-avante dentro do campo. Só pode ser a mística da camiseta 16. Fez muito boa partida e é agora, com mérito, titular, relegando o jornalista Marcelo Tas camisa 9 ao banco de reservas.
As alas estão ÓRFÃS desde algum tempo. Cabeça de lâmpada faz falta. Mas a esquerda não tem explicação, o Fábio Santos não está jogando nada há umas 4 partidas, pelo menos.
Não dá pra reclamar muito do Makelele pq ele tá jogando fora da função.
Tudo isso, diga-se, com treinador interino, o que mostra que o DERRHOTH não faz muita falta (foi a melhor VdeP da história, deixem eu usar de vez em quando). Ainda bem que ele já está DISTANT do Olímpico (sim, essa é a VdeP da vez) =P
E, como o jogo não passou em canal algum de SP (e mesmo que passasse eu não veria, pois o pessoal da casa onde estou estava vendo Misto x Corinthians na Globo ¬¬ ), acabei assistindo o match via Rojadirecta, na Fox Sports En Español. Ficaram admirados da altura do Réver ("no se acaba nunca!"), elogiaram o futebol do Souza e o preparo físico do Máxi ("finito, huh?"), repetiram milhares de vezes o segundo gol (que de fato foi belíssimo) e cometeram algumas pronúncias bem divertidas, tipo REVÉR, TCHECÔ e, para o delírio de alguns leitores do blog, RONAS. Bem agrádvel, melhor do que vocês sofrendo com o Galvão =P
Ele e, o Adílson estão jogando fora de posição.
Como bem disse o Ponso o Adílson está sobrecarregado na marcação, mesmo assim vem jogando bem na libertadores, ontem não foi exceção.
Alguém consegue me explicar a expulsão do Olivera?
A confusão que houve deles com a zaga foi pelo fato de a Universidad utilizar dois pontas por boa parte do jogo, o que sobrecarregava o Adílson. O principal problema dos zagueiros, porém, não me parece ter sido de posicionamento, como indicou o Ponso; foi mais nas bolas aéreas mesmo.
Acho que o novo técnico, seja ele quem for (e deve vir hoje com Krieger), terá em mãos um time classificado, razoavelmente organizado e com boas perspectivas. Ainda que eu prefira um 4-4-2 com alguém ajudando Adílson na marcação do meio e Tcheco não tão preso e mais livre para chegar aos homens de frente.
http://www.lacuarta.cl/contenido/64_35196_9.shtml
É a única questão relevante sobre o jogo de ontem.
Quando começar a Libertadores, me chamem.
Por mim, o ataque que fique com RONAS (cobremos royalties da Fox Sports latina) e Maxi López.
E Souza, se parar de se achar o craque do time, virará o craque do time. Paradoxal, mas real.
Boa vitória e boa classificação. Agora é seguir esse script na fase seguinte.
Tamo aê, Krieger!
ME MIJEI rindo aqui...