A rota para Tóquio passa por Quito

Num jogo da dimensão como este LDU x Fluminense de hoje à noite, sempre questiona-se qual deve ser a postura das duas equipes. Pergunta batida, de respostas sempre óbvias como "precisamos jogar com inteligência" ou "não ficaremos o tempo todo lá atrás, vamos atacar também" quando se é visitante; ou "partiremos para cima respeitando o adversário" e "precisamos abrir vantagem para o jogo da volta" quando se é mandante.


O Fluminense tem obtido sucesso nesta Libertadores justamente pelo seu desempenho no Maracanã. Nas oitavas, jogou bem, de igual para igual com o Nacional e venceu em Medellín. Nas quartas, fez a retranca amiga e perdeu de pouco do São Paulo para suplantar os paulistas no Maracanã. Nas semifinais, fez uma partida ruim contra o Boca, extremamente defensivista, e saiu com um resultado sensacional de 2 a 2, tendo em vista o domínio dos argentinos.


Contra a LDU, um empate será muito bem-vindo. Na primeira fase, em Quito, deu 0 a 0. A LDU tem sua força pelas alas, com Guerrón e Bolaños, que compõem o meio e se aproximam de Bieler quando a equipe tem a posse de bola. Será um bom duelo pelas pontas, já que Gabriel e Júnior César também são fortes no apoio. Porém, no 3-6-1, os volantes equatorianos devem cobrir as costas dos alas. No 4-4-2 carioca, os laterais precisarão primeiro marcar estes quase pontas, para só sair na boa, e quando tiverem cobertura de Ygor e Arouca garantida. É um duelo tático também.


Time por time, o Flu é superior, mas não muito. A Liga é uma boa equipe, com jogadores experientes em todas as posições, tem recursos e uma leve altitude a seu lado. Atuar com inteligência significa diminuir os espaços equatorianos e atuar sem medo, de igual para igual, mas com cuidados. Fechar-se atrás desde cedo é o primeiro passo para o fracasso em mata-mata.


Eurocopa
A rivalidade advém do fato de os turcos serem numerosos na Alemanha, o que desgosta a muitos germânicos. Deixando de lado a questão política, é uma disputa imperdível. Os alemães são a maior potência que sobrou da Euro, têm o melhor elenco, mais tradição. Fizeram uma primeira fase apenas suficiente, mas mostraram poderio ao eliminar Portugal. A Turquia repete a boa campanha de 2002, com o adendo de uma Imortalidade que já ganhou contornos mitológicos. Time de forte compleição física defensiva e saída rápida da defesa para o ataque. Se resguardará hoje, mais que com a Croácia.


A Alemanha tem o favoritismo, palavra que todos nos apressamos em utilizá-la, muitas vezes precipitadamente. É preciso fazer a mea-culpa. Grandíssimo jogo, seis horas da final de Quito, às 15:45 para Brasília e, agora, 14:45 para o Acre, que tem novo fuso-horário e não mais fará as pesquisas de Boca de Urna para Presidente da República saírem com duas horas de atraso.


Em tempo:
- Uma possível volta de Bolívar, como já há cogitações, seria o começo da rearrumação defensiva do Internacional, time que tem muitos zagueiros ao mesmo que não tem nenhum.

Comentários

Unknown disse…
esse bolaños é um artista, desempenha vários PAPÉIS: faz o chaves, o chapolin, o professor aquele que tem COISAS...

CUIDADO COM ELE!!!
Vicente Fonseca disse…
Professor "agora sim, vou ao futebol" Chapatín.